Um convite do então candidato a presidente do PSDB, hoje senador, Aécio Neves.
em cima do que está posto”, disse Torres.
Ao lado do prefeito João Doria (PSDB), em almoço do Lide, quando questionado sobre eventual entrada na disputa pelo Planalto, Meirelles desconversou.
“Sou candidato a fazer um bom trabalho no Ministério da Fazenda e impulsionar a trajetória de crescimento da economia brasileira”, reagiu.
Mas uma segunda pergunta aventava a possibilidade de ele ser vice em uma chapa presidencial. Meirelles, então, citou as últimas duas eleições presidenciais.
“Eu fui convidado a ser candidato a vice-presidente da República em 2010 e optei por não disputar a convenção do partido [à época estava no PMDB]. Me convidaram também em 2014, mas, naquela ocasião, por razões diversas, não foi o caso.”
Após a palestra, o ministro disse que se referia ao desejo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que ele fosse vice de Dilma Rousseff (PT), em 2010, quando o PMDB acabou indicando o atual presidente Michel Temer para a chapa.
Quatro anos mais tarde, Meirelles disse que recusou VIÉS DE ALTA O discurso otimista do ministro da Fazenda em relação à economia, fundamental para que possa alçar voo em 2018, pareceu reverberar bem entre o público, composto por executivos do setor produtivo e financeiro. Meirelles foi aplaudido ao dizer que a projeção oficial de crescimento do ano que vem “ainda é de 2%, mas está com viés de alta”.
Doria, que também chegou a ser cotado para disputar a Presidência, falou em “perspectivas reais de crescimento de 3%”, em 2018. O tucano elogiou o trabalho do ministro, que, segundo ele, “tem conduzido de forma brilhante” a Fazenda.
Um mês e meio depois de sugerir a Meirelles que focasse o trabalho na Fazenda, e “não se contaminasse pela questão política”, o prefeito disse que “é preciso reconhecer o valor daquilo que ele vem fazendo”.
“Não é possível contaminar politicamente uma gestão que vem sendo feita eficientemente na área econômica”, afirmou Doria.