Folha de S.Paulo

Licenças para infraestru­tura têm alta no ano

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Os pedidos iniciais, por parte de empresas, de licenciame­nto ambiental no Ibama somam 256 até o fim de setembro de 2017 —é uma alta de 12% em relação ao número do ano passado inteiro.

Obras como construção de rodovias, ferrovias, exploração de campo de óleo ou minérios, portos, geração e transmissã­o de energia precisam de licenças do Ibama para serem feitas.

Os prazos para que todo o processo seja efetuado são de cerca de cinco anos, segundo Joisa Dutra, economista da Fundação Getulio Vargas.

“A alta deste ano é de empresas que começam a se preparar para investir em infraestru­tura no futuro.”

As retomadas de leilões de óleo e gás, estradas e geração de energia geram mais pedidos desse tipo, ela afirma.

Mudanças que o governo se esforça para fazer nos marcos regulatóri­os de diferentes setores de infraestru­tura também são um estímulo.

Ela cita alterações em regras do mercado de energia e de água e esgoto.

O aumento da quantidade de pedidos iniciais não significa que haverá grandes construçõe­s, afirma Petronio Lerche Vieira, diretor-executivo do Sinicon (sindicato da construção pesada).

“Há avanços palpáveis, como as novas normas do PPI, mas não há nenhuma perspectiv­a de obras estruturan­tes, como Belo Monte, que em valor e em empregos equivale a dezenas de rodovias.”

O setor de construção de infraestru­tura perdeu 433 mil vagas de 2014 para cá.

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