Folha de S.Paulo

Ano que vem é ano de eleição. É notório que sempre há

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desacelera um pouco as coisas, mas acho que as expectativ­as estão sendo reajustada­s para cima a cada semana. Quanto tempo a gente levaria para voltar ao nível anterior à crise?

Tenho a avaliação de que no ano que vem já estaremos em uma recuperaçã­o mais sustentáve­l e robusta. Minha projeção para 2018 é de alta de 3,5%. Mas, mesmo com um cresciment­o de 3,7% em 2019, não voltaríamo­s ao pico registrado pelo PIB no primeiro trimestre de 2014. Isso só ocorreria no início de 2020. O PIB só atingiria em 2019 o pico do início de 2014 se crescesse 3,5% em 2018 e 4% em 2019. Parece que você está mais otimista que alguns analistas em relação ao ano que vem. cresciment­o econômico em ano de eleição porque os políticos buscam aplicar medidas mais pró-cresciment­o. Mas uma expansão a todo vapor vai depender do que ocorrer em termos de choques. Quais por exemplo?

O pior que poderia acontecer já aconteceu. Tivemos um impeachmen­t no ano passado e um presidente que entra e, logo depois, quase é julgado também, o que cria uma incerteza muito grande. Mesmo assim, o Brasil continua crescendo. Então, acho muito difícil ter choques negativos que possam tirar a economia do lugar. O consumo está muito deprimido, o investimen­to está represado por tanto tempo que daqui a pouco não vai ter por onde. Tem que ser algo fenomenal para a economia sair do curso neste momento.

O pior que poderia acontecer já aconteceu. Tivemos um impeachmen­t no ano passado e um presidente que entra e, logo depois, quase é julgado também, o que cria uma incerteza muito grande. Mesmo assim, o Brasil continua crescendo Tenho a avaliação de que no ano que vem já estaremos em uma recuperaçã­o mais sustentáve­l e robusta

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