Em fórum, MBL debate opções para eleição de 2018
Grupo fala em investir na ampliação de bancada conservadora suprapartidária
“Alguém da mesa anterior esqueceu o celular aqui”, avisou a jornalista Joice Hasselmann ao acomodar-se em seu assento para o painel que discutiria o papel da direita no Brasilpós-impeachment,uma das atrações do 3º Congresso do Movimento Brasil Livre (MBL),nestesábado,noWorld Trade Center, em São Paulo.
“Se fosse alguém de esquerda já tinha roubado, mas a gente é do bem, a gente é de direita”, completou a jornalista, que tem canal no YouTube e programa na rádio Jovem Pan. A plateia aplaudiu.
Uma das novidades da política brasileira, o MBL ganhou projeção ao se engajar na campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff, apresentando-se como um movimento de jovens de direita com ideias liberais em economia e anticorrupção.
Em clima de comemoração por alguns objetivos que o MBL se orgulha de ter ajudado a alcançar, como a reforma trabalhista e o fim do imposto sindical, o encontro serviu de fórum para o debate de temas da atualidade. Entre eles, as estratégias para as eleições de 2018 e a pauta moral incorporada pelo movimento —que recentemente se engajou em campanhas contra exposições de arte acusadas de incentivar a “pedofilia” ou a “zoofilia”.
No primeiro painel do dia, as principais lideranças do MBL discutiram perspectivas eleitorais. Para o coordenador Kim Kataguiri, o PSDB “perdeu a oportunidade de tercrescidocomoomaiorpartido do país” e deverá passar por um processo de desagregação, com perda de quadros —“o que vai ser bom, porque tem gente boa”, avaliou.