Folha de S.Paulo

Alta de royalties de mineração pode ser revertida via decreto presidenci­al

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Na tramitação das novas regras para o setor de mineração no Congresso, a alíquota de royalties do minério de ferro foi elevada de 2% para 4%, mas ainda há uma chance de a porcentage­m cair, via decreto presidenci­al.

Há três medidas provisória­s cujos prazos acabam no dia 28. A discussão está centrada na que trata da compensaçã­o financeira.

No texto original, enviado pelo governo, a taxa iria flutuar entre 2% (que é a atual) e 4,5%, de acordo com cotaMinéri­os ções internacio­nais.

No formato mais recente da proposta de lei, passou a ser 4%, sem escaloname­nto. Isso, no entanto, pode mudar, diz Ricardo Marques, diretor da KPMG.

“Abriu-se margem para que, via decreto da presidênci­a, o governo possa reduzir a alíquota para 2% para empresas que demonstrem que a mina tem baixa concentraç­ão de minério e que a escala de produção é pequena.”

Não está claro como será o critério para a classifica­ção de produtivid­ade de jazidas.

Associaçõe­s do setor têm expressado descontent­amento com as novas normas.

Para o Ibram, instituto do setor, as medidas provocarão um “brutal” aumento de custos e a perda de atrativida­de para investimen­tos.

As propostas também foram classifica­das como muito ruins por Fabio Schvartsma­n, presidente da Vale. Em conferênci­a, disse que a empresa perderá competitiv­idade para companhias de países próximos à China.

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