Folha de S.Paulo

Morre a jornalista americana Liz Smith

- NELSON DE SÁ

Chamada de ‘dama da fofoca’, tinha 94 anos DE SÃO PAULO

Morreu no domingo (12), aos 94 anos, a jornalista americana Liz Smith, conhecida por cobrir o cotidiano dos endinheira­dos de Nova York com um estilo que misturava humor fino e alfinetada­s.

A coluna que levava seu nome e que a faria ser conhecida como “dame of dish” (dama da fofoca) começou a ser publicada nos anos 1970, no “Daily News”, passou pelo “New York Newsday” e pelo mais enxuto “Newsday”, antes de aportar no “New York Post” (1995-2009).

Os textos eram distribuíd­os por essas publicaçõe­s a dezenas de outras, não só nos EUA. A certa altura, seu salário anual girava em torno de US$ 1 milhão, bem acima do de seus chefes na Redação.

Apesar de não ser considerad­a uma escriba excepciona­l, Smith conseguiu “furos” notáveis no segmento do noticiário de celebridad­es, como os do divórcio de Donald e Ivana Trump, no começo dos anos 1990, da gravidez da atriz Mia Farrow, casada com Woody Allen, no fim da década de 1980, e da primeira gestação de Madonna, em 1996.

Mas também deu “barrigas”, jargão jornalísti­co para notícias incorretas. Em 2012, assinou coluna lamentando a morte da cineasta Nora Ephron, então doente, horas antes de ela de fato acontecer.

Apesar do estilo mordaz, a texana Smith não deixava sua coluna servir de caixa de ressonânci­a a rumores e especulaçõ­es sobre aventuras e preferênci­as sexuais de personalid­ades.

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