De George Takei à NSA, Rússia vira o suspeito usual
Trump viu sinceridade em Putin, que nega ingerência na eleição de 2016, e reabriu a corrida na cobertura dos EUA sobre a ameaça russa a tudo, até George Takei.
O ator da série “Jornada nas Estrelas” culpou a Rússia por propagar a acusação que ele sofreu de assédio sexual. O site democrata “Daily Kos” publicou que a denúncia contra Takei é “contra-operação coordenada entre a direita dos EUA e Putin” para abafar acusações parecidas feitas ao republicano Roy Moore.
A manchete do “New York Times”, sobre os efeitos “catastróficos” de um vazamento da NSA, a agência de espionagem eletrônica, não chegou a tanto. Diz que, após 15 meses de investigação, NSA e FBI “ainda não sabem se ela é vítima de um ‘hack’ executado de modo brilhante, com a Rússia como provável autor, se é vítima de vazamento interno, ou ambos”.
O que se sabe é que as armas eletrônicas vazadas serviram para atacar e cobrar resgate de milhares de empresas no mundo —de “uma fábrica de carros na França a uma empresa de petróleo no
No ‘NYT’, vazamento da NSA que poderia ser ação de Putin
Brasil”, não identificada.
E que os hackers escrevem posts sarcásticos regularmente, com coisas como: “Estão aproveitando os minutos de ódio aos hackers russos?”. Direitos de mídia O “Wall Street Journal” noticia que começa nesta segunda (13) o julgamento de José Maria Marin e outros dirigentes esportivos, num tribunal no Brooklyn, em Nova York. O esquema envolveria “mais de US$ 200 milhões em subornos em conexão com direitos de mídia para torneios de futebol” como Copa América e Copa do Mundo. Devem ser “revelados novos detalhes sobre as formas complicadas com que os acusados moviam dinheiro”.
‘It’s a black thing’ O “NYT” publicou na página 4 de sábado uma reportagem mostrando como a frase “É coisa de preto”, de William Waack, jornalista da Globo, se transformou em campanha de afirmação das realizações de negros brasileiros, na internet. A autora do texto, Shasta Darlington, o editor da “Americas Quarterly”, Brian Winter, e outros correspondentes reagiram via Twitter ao “dilúvio de jornalistas (brancos) brasileiros que defendem publicamente Waack (‘ele é talentoso / realizado / perseguido pela esquerda’)”, em ação tão “grosseira” quanto a ofensa inicial.
Sombrio, indecoroso Os londrinos “Financial Times” e “The Economist”, vozes tradicionais do mercado financeiro global, resistem aos esforços de Jair Bolsonaro para se apresentar como representante liberal. O primeiro sublinhou que seus “oponentes temem volta aos dias sombrios”, pois ele “invoca passado brutal”. O segundo, que a sua retórica é “ainda mais indecorosa” do que a de Trump, que ele procura emular.