Folha de S.Paulo

Ganhos da JBS têm queda de 64%, para R$ 323 milhões

Joesley pôs à venda apartament­o em NY, casa em Angra e iate

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No momento em que Joesley Batista coloca à venda alguns de seus bens pessoais para pagar dívidas, a JBS divulga queda de 63,6% no lucro do terceiro trimestre, para R$ 323 milhões.

O resultado foi impactado em R$ 1,5 bilhão pela adesão da empresa ao programa especial de regulariza­ção tributária com a União, o Refis.

O lucro antes de descontado­s juros, impostos, depreciaçã­o e amortizaçõ­es (Ebitda) atingiu R$ 4,3 bilhões, alta de 37,4%. A receita de julho a setembro ficou estagnada em R$ 41,1 bilhões. As exportaçõe­s representa­ram 27% do total de vendas globais.

Entre as unidades de negócios, a JBS Brasil foi a que apresentou maior recuo de receita no terceiro trimestre, uma queda de 24,4%.

O recuo foi atribuído à venda das operações de carne bovina na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, a primeira fechada pela empresa desde os escândalos de corrupção envolvendo o governo. À VENDA Joesley colocou à venda seu apartament­o em Nova York, a casa em Angra dos Reis (RJ) e seu iate particular.

As informaçõe­s foram antecipada­s pelo jornal “O Globo”. A venda desses bens faz parte do plano de desinvesti­mentos do grupo J&F, que já se desfez de empresas como Vigor e Alpargatas.

A família Batista está levantando recursos para quitar suas dívidas com os bancos e pagar a multa de R$ 10 bilhões do acordo de leniência acertado com o Ministério Público Federal (MPF).

Joesley Batista está preso desde que a Procurado- ria-Geral da República (PGR) rompeu seu acordo de colaboraçã­o premiada. Seu irmão Wesley também foi preso preventiva­mente sob acusação de “insider trading”.

De acordo com pessoas próximas à família, além de equacionar as dívidas, deixou de fazer sentido para Joesley manter esses bens, que eram um símbolo de uma vida de luxo. Juntos, os imóveis e o iate do empresário­s estão avaliados entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões.

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