Carro autônomo mexe em apostas de diversas empresas
Companhias de vários setores, como Panasonic, Intel e Bosch, não querem ficar sem a nova tecnologia
Até BlackBerry, que já foi referência no mundo dos smartphones, ingressou na disputa pelo novo mercado
Com montadoras buscando formas de tornar a experiência de condução mais atrativa, empresas de diversos setores correm para ingressar na produção de tecnologias que viabilizem os carros autônomos.
A fabricante japonesa Panasonic foi uma das últimas a anunciar que entraria na disputa, ao informar que lançará seu sistema de condução autônoma de veículos comerciais em 2022.
Fornecedora exclusiva de células de bateria para o Model 3, carro elétrico da americana Tesla, a empresa busca se reinventar com peças automotivas avançadas para escapar da concorrência de preços de smartphones e outros produtos de consumo de baixa margem de lucro.
“Nós sabemos que estamos atrás de nossos rivais. Mas desenvolvemos importantes chips LSI [integração em larga escala] para processamento avançado de imagens e sensores por sonar que nos dão grandes vantagens, usando a experiência que temos com televisores e câmeras”, disse Shoichi Goto, diretor da Panasonic.
Goto tem razão. No mesmo dia do anúncio da Panasonic, a fabricante de chips gráficos Nvidia lançou seus primeiros produtos direcionados à computação para veículos autônomos. A terceira geração da linha automotiva Drive PX, apelidada de Pegasus, é formada por chips do tamanho de uma placa de carro, mas com poder de processamento de um datacenter.
A linha Pegasus estará disponível em meados de 2018 para que montadoras comecem a desenvolver veículos e testem algoritmos de software, disse a Nvidia.
A empresa informou que tem mais de 25 clientes trabalhando em inovações como táxis robóticos e caminhões para longa distância.
“A Nvidia está um passo à frente. Mas Intel, NXP e Bosch não estão muito atrás”, diz Luca De Ambroggi, analista de equipamento eletrônico automotivo da consultoria IHS.
Em setembro, a Intel, maior fabricante de chips do mundo, anunciou que colaborou com a Waymo, unidade de direção autônoma da Alphabet (dona do Google), no desenvolvimento de sua plataforma de computador para permitir que carros autônomos processem informações em tempo real.
Também em setembro, a ferramenta chinesa de busca Baidu anunciou a criação de um fundo de US$ 1,5 bilhão para o desenvolvimento de direção autônoma.
Até a canadense BlackBerry, de smartphones, entrou na disputa. Ela firmou parceria com a fornecedora de autopeças Delphi Automotive na criação de um sistema operacional de software para carros autônomos.
DO UOL
Cerca de 57 milhões de pessoas em todo o mundo, entre usuários e motoristas da Uber, tiveram seus dados expostos em um ciberataque.
O roubo de dados foi ocultado pela empresa por mais de um ano. A companhia teria pago US$ 100 mil (cerca de R$ 330 mil) para que os hackers que executaram a ação mantivessem o caso em segredo, de acordo com a agência Bloomberg.
Nesta semana, a Uber demitiu Joe Sullivan, chefe de segurança, e um de seus assessores pelos respectivos papéis em deixar a ação hacker por baixo dos panos.
O ataque hacker ocorreu em outubro de 2016 e os dados vazados incluíam nomes, endereços de e-mail e números de telefone de 57 milhões de usuários da Uber.
Nesse número, segundo a empresa, estão incluídos os dados de cerca de 600 mil motoristas nos EUA.
De acordo com a Uber, não foram roubados outros dados além dos mencionados, como informações de viagens e dados de pagamentos. Na época do ataque a Uber era comandada por Travis Kalanick, que deixou a presidência em junho, após denúncias de assédio e sexismo na empresa.
A Uber agora afirma que se sentiu legalmente obrigado a noticiar a invasão a reguladores e aos motoristas que tiveram dados expostos.
A empresa diz acreditar que os dados nunca foram usados, mas se nega divulgar a identidade dos responsáveis pelo ataque.
O ataque foi feito usando o site de códigos usado por engenheiros de software da Uber. Ambos conseguiram acessar dados em servidores mantidos pela empresas.
Yahoo!, MySpace e Target também sofreram ataques de grandes proporções de hackers nos últimos anos.