Ideia é votar proposta na semana do dia 18, afirma Rodrigo Maia
Sem votos para aprovar a reforma da Previdência na próxima semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a meta agora é tentar votar o tema na semana do dia 18 de dezembro, a última antes do recesso parlamentar de fim de ano.
Ele se reuniu com o presidente Michel Temer e parlamentares nesta quinta (7) para discutir votos e datas.
Questionado pela Folha se a perspectiva era incluir a votação na pauta da última semana de Congresso, Maia respondeu: “Trabalhando pra isso, na semana do dia 18”.
A ideia do governo é votar o primeiro turno até a quartafeira (20) e o segundo turno logo em seguida, ainda neste ano. O texto, depois, precisa ser aprovado pelo Senado.
Anteriormente, o governo cogitou votar a proposta nesta semana —depois passou a falar na semana que vem.
No Planalto, há quem defenda que, se não for possível votar os dois turnos neste ano, que se deixe para o ano que vem, evitando a possibilidade de uma desmobilização da base aliada entre uma votação e outra.
Mais cedo, auxiliares de Temer já reconheciam nos bastidores que a votação da reforma previdenciária não deveria mais ficar para a próxima semana, como era esperado pelo Planalto.
A contagem mais recente apresentada ao presidente é de 270 votos a favor da reforma da Previdência. O texto, no entanto, precisa de 308 votos em dois turnos para ser aprovado na Câmara, pois é uma PEC (proposta de emenda à Constituição).
O líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PPPB), disse trabalhar com um mínimo de 320 votos favoráveis para levar a matéria a plenário com segurança.
“Votar uma matéria desta natureza com certeza de derrota, eu não faria isso. Dia 18 é a data possível de votar. O quadro evoluiu e o clima tem sido mais favorável”, disse.
Com o adiamento da votação, o presidente aproveitará a próxima semana para tentar conquistar os votos necessários por meio da liberação de verbas e remanejamento de cargos.
O governo também vai apostar na publicidade. “Vamos reforçar que o setor público tem hoje um tratamento diferente do privado e a reforma está igualando este tratamento”, disse Ribeiro.