Além de resolver a questão íntima, o casal tem que dar um jeito de acalmar a opinião pública.
O elenco, o cenário e o figurino continuam os mesmos. Mas os personagens mudam, e muito, da primeira para a segunda temporada de “The Crown”.
O drama da Netflix conta a história, baseada em fatos reais, da monarquia inglesa, centrada na rainha Elizabeth 2ª, que está no trono britânico desde 1952, quando assumiu, aos 25 anos.
O ano em que esta segunda temporada começa é 1956, e o casamento real, ocorrido em 1947, está em crise.
A primeira cena do primeiro episódio se passa em Lisboa, com Elizabeth e o marido tendo uma conversa dura, uma “DR” em que a rainha deixa claro: não está bom para nenhum dos dois, mas divórcio não é uma opção.
Ele bufa, reclama e pede um gesto dela.
O drama volta no tempo até antes da viagem de Philip (Matt Smith), que topa fazer uma turnê de cinco meses a bordo do histórico iate Real Brittania para visitar vários países do Commonwealth.
Ele está animado com a aventura. Um pouco animado demais, como fica claro mais adiante.
Philip, aliás, que parecia um personagem secundário na primeira temporada, vira quase um protagonista, quase um vilão nesta segunda. E o faz com verdade.
Ele é um homem muito orgulhoso para aceitar que a mulher é quem está no comando, e ela gostaria de obedecer a seu marido, como todas as outras mulheres que ela conhece. Mas essa versão é impossível para esse casal.
Três episódios depois, com a audiência tendo tomado conhecimento da natureza da irritação da rainha, a cena passa de novo, agora com o devido contexto.
A crise no casamento virou assunto dos tabloides, e os rumores só fazem crescer. PIMENTA A rainha, interpretada magistralmente pela atriz inglesa Claire Foy, aos poucos vai ficando mais à vontade em seu papel. Mas quem dá a pimentinha para essa tempora- da é a princesa Margaret (Vanessa Kirby), que faz noitada atrás de noitada e está louca para dar um jeito de se casar, seja por amor ou não.
A irmã mais nova da rainha sai quase toda noite, bebe até cair e fuma desde que acorda de manhã.
Uma visita do presidente americano John Fitzgerald Kennedt (Michael C. Hall) e da primeira-dama Jacqueline Kennedy (Jodi Balfour) traz um pouco de competição feminina para o mundo da rainha, quase sempre rodeada só de homens. O casal “real” americano vem trazer um tico de modernidade para o palácio de Buckingham.
Mas é nos detalhes que a série se faz imperdível.
Em uma cena, quando a mulher de um amigo de Philip ameaça pedir divórcio do marido, o que pode (e vai) causar uma tempestade na imprensa, Elizabeth decide encontrá-la.
A monarca pede um carro e vai à casa dela, fica sentada no banco de trás, sem seguranças nem ser incomodada, até que a mulher chegue em casa.
Escrita quase toda pelo autor inglês Peter Morgan, “The Crown” é uma adaptação e continuação da peça “The Audience” e também do filme “The Queen”, ambos criados por ele e ambos com Helen Mirren no papel principal.
O filme, de 2006, trata da resposta tardia e algo fria da rainha depois da morte da princesa Diana (1961-1997).
O conhecimento do autor da família real é enorme, e isso aparece em cada episódio, em cada detalhe.
Essa segunda temporada é muito superior à primeira, coisa difícil de acontecer. É das melhores coisas atualmente em cartaz na televisão, se não a melhor. NA INTERNET The Crown Segunda temporada em cartaz na Netflix ótimo
A animação “O Menino e o Mundo” (2013), de Alê Abreu, foi o filme mais visto na plataforma de vídeo sob demanda Spcine Play, lançada pela Spcine no dia 23 do mês passado, segundo divulgou a empresa, que tem participação pública da Prefeitura de São Paulo.
Os números de acesso em duas semanas ao portal foi de 3,2 mil, mas as locações foram baixas: 24, no dia do lançamento da plataforma, e 109, entre o lançamento e esta última quarta (6).
O filme “O Menino e o Mundo”, que concorreu ao Oscar no ano passado, foi locado 19 vezes. O sistema da plataforma se assemelha ao de uma videolocadora, na qual a locação dura sete dias.
Atualmente, há dez longas na lista de opções ao preço de R$ 3,90 por semana. Entre eles, estão “A Batalha dos Passinhos” (2013), de Emílio Domingos, “De Menor” (2014), de Caru Alves de Souza, “Uma Noite em Sampa” (2016), de Ugo Giorgetti, e “Ausência” (2015), de Chico Teixeira.
Segundo seus criadores, a Spcine Play entrou no mercado para ser uma opção aos portais americanos. Seu catálogo tem foco no cinema brasileiro.
A concorrência não será fácil. Hoje o setor de vídeo sob demanda é dominado especialmente pela Netflix, que neste ano superou os 100 milhões de assinantes (fora e dentro dos EUA).
Até agora, a empresa paulistana de incentivo ao audiovisual, porém, fez uma divulgação tímida da iniciativa sob demanda.
Sua assessoria de imprensa não falou em valores de publicidade. Diz que foram disparados convites por e-mail, que houve ação nas redes sociais e também um estande de promoção na Comic Con, evento de cultura pop realizado até este domingo em São Paulo.
Há outros projetos de campanha, que vão focar em publicidade para sites.
No período de implementação, foi divulgado que a plataforma exibe apenas longas, ficção e documentário. E que futuramente, poderá agregar outros formatos, como curtas e séries. (GF)