GUARDIÕES DA GALÁXIA
Diretor de ‘Star Wars - Os Últimos Jedi’ antecipa clima ‘sombrio’ e conflitos humanos em 8º episódio da saga
Rian Johnson passou a infância brincando com bonequinhos de “Guerra nas Estrelas” (1977), antes mesmo de George Lucas, o criador da saga espacial, imaginar que ela se tornaria a marca mundial conhecida hoje.
Criando suas histórias no quintal da casa em Denver, no Colorado, o menino só tinha uma regra: Luke Skywalker, seu herói, sempre vencia.
“‘Star Wars’ era meu mundo. Os filmes tiveram um impacto profundo em mim. E Luke era meu preferido”, afirma o cineasta à Folha.
Décadas depois, como di- retor e roteirista de “Star Wars - Episódio 8: Os Últimos Jedi”, que estreia nesta quintafeira (14), Johnson tem a oportunidade de contar novamente uma trama original com o jovem fazendeiro que se torna mestre jedi. Mas não esperem que Luke (Mark Hamill) tenha o mesmo tratamento inocente de quando Johnson era criança.
“O fato de ‘Os Últimos Jedi’ ser o segundo filme de uma trilogia exige que seja mais sombrio, pois os personagens precisam encarar a maior ameaça possível para que possam mudar para o capítulo final. Vai ser intenso”, adianta Johnson.
Ele admite comparações com “O Império Contra-Ataca” (1980), segundo episódio da trilogia original, mas busca a diversão leve do capítulo seguinte, “O Retorno de Jedi” (1983). “Não queria que o longa ficasse sério demais. Minha intenção também é divertir o público e me divertir.”
Johnson foi contratado para desenvolver a trama iniciada em “O Despertar da Força” (2015), filme de J.J. Abrams que reapresentou velhos personagens —além de Luke, havia Han Solo (Harrison Ford), Leia Organa (Carrie Fisher) e Chewbacca (Peter Mayhew)— e trou- xenovosrostos,comoaheroína relutante Rey (Daisy Ridley), o desertor das tropas imperiais Finn (John Boyega), o piloto da Resistência Poe Dameron (Oscar Isaac) e o novo vilão, Kylo Ren (Adam Driver), que foi revelado ser filho de Solo e Leia.
“Quando comecei o roteiro, não listei nomes de planetas ou cenas de ação bacanas. Escrevi o que sabia sobre os protagonistas, quais seus desejos no contexto geral da saga e qual conflito poderia ser interessante”, explica o diretor.
Ele continua: “Mergulhamos profundamente nos personagens para nos importarmos ainda mais com eles”.