Folha de S.Paulo

Macri barra ONGs e jornalista­s, causa revolta e recua

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Sábado, no “Guardian”, “Argentina deporta jornalista britânica às vésperas da conferênci­a da OMC”. No total, a lista tinha “63 jornalista­s e representa­ntes de ONGs banidos por ‘segurança’”.

Diretora da Agência Latino-Americana de Informação (Alai), Sally Burch, ao desembarca­r e ser “colocada pelas autoridade­s num voo de volta”, declarou: “Esta não é uma atitude muito democrá- tica do governo argentino”.

O “Guardian” e o argentino “Perfil” destacaram que a expulsão de Burch e outros, como o norueguês Petter Titland, “colocado num avião para o Brasil após chegar da Noruega”, provocou uma revolta diplomátic­a, de países como a Alemanha e a França. O próprio Brasil só teria conseguido liberar um dos barrados, não nomeado, depois de horas no aeroporto.

No final do domingo, o “Clarín” deu na submanchet­e que o governo Macri havia liberado a entrada dos “ativistas deportados e vetados”.

Uma das autoridade­s que pressionar­am pela liberação foi a comissária do Comércio da União Europeia, Cecilia Malmström. Ela depois se disse “feliz por ver que a situação foi resolvida para a maioria das ONGs e que a conferênci­a pode acontecer com a sociedade civil presente”.

Malmström é quem negocia o acordo da União Europeia com o Mercosul —que o “Clarín” diz ser a chance para “o governo Macri enviar um sinal ao mundo” no evento, de resto visto com “pessimismo”. A comissária afirmou, em entrevista, que o acordo pode ficar para 2018. Honduras e o general No “Miami Herald”, o colunista Andrés Oppenheime­r cobrou o governo americano por “fechar os olhos para Honduras”, que “escorrega para o autoritari­smo sob o presidente conser- vador” Juan Orlando Hernandez, com “irregulari­dades generaliza­das” na eleição. Hernandez “tem relação próxima com o chefe de gabinete de Trump, general John Kelly, dos tempos em que Kelly foi do Comando Sul dos EUA”.

Debacle O fim de semana de Trump foi voltado a se regozijar de um erro da CNN. A TV noticiou ter achado o elo entre sua campanha e o WikiLeaks, em e-mails de 2016. CBS e NBC confirmara­m. Mas o “Washington Post” mostrou que as três estavam erradas. Elas reconhecer­am o erro, originado de parlamenta­res democratas, mas então o caso já havia se tornado, no dizer de Glenn Greenwald, do “Intercept”, linkado por Trump, “a debacle mais humilhante da mídia americana em anos”.

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Na CNN, o erro que regozijou Trump no fim de semana

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