Folha de S.Paulo

Discussões judiciais... [A Eletrobras] aguenta? Duvido.

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Época de eleição não preocupa o investidor externo?

Nem o estrangeir­o e nem o brasileiro. Se tem uma oportunida­de de um negócio em uma companhia, não tem nada a ver com eleição. Mas podem querer alegar inseguranç­a para baixar preço?

O negócio de infraestru­tura é de 30 anos. Não tenho dúvida de que haverá interesse porque são as últimas [usinas]. Depois delas, o mapa fica quase completo. Se houver um candidato considerad­o extremista pelo mercado na liderança, poderá prejudicar a transação?

Você me responda: e se não fizer? Você vende usina a usina. Se vender uma a uma, o que ocorre com a Eletrobras? Perde 14 usinas, quase 1/4 da nossa capacidade e fica com todos os custos e os problemas, os financiame­ntos, as E a dificuldad­e política?

Entendo que os grupos de interesses estejam articulado­s, faz parte da democracia. O sindicato deve ter os deputados que se alinham com as posições dele. Deputados ou governador­es que entendem que têm direito extrapatri­monial na companhia, se não tem ação na companhia. Entendo que é uma empresa importante em algumas regiões e que queiram ter posição diferente.

Mas e os 200 milhões de brasileiro­s que teoricamen­te são donos da companhia? Que no ano passado viram que o Estado teve de aportar R$ 3 bilhões na companhia para ela não quebrasse? Que saíram da conta de saúde, educação. Poderiam estar lá, e não conosco. O

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