Folha de S.Paulo

Com denúncias e brigas, votação leva 15 horas

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dos pelo clube na era Pelé, na década de 60. A decisão da Confederaç­ão Brasileira de Futebol (CBF) formalizou os títulos brasileiro­s conquistad­os entre 1959 a 1970.

O cartola afirma ter emprestado a própria residência, sem custos, para a montagem de uma subsede oficial dos Santos em São Paulo. TÉCNICO E REFORÇOS

COLABORAÇíO PARA A FOLHA , DE SANTOS

O pleito que elegeu José Carlos Peres como novo presidente do Santos foi marcado por discussões acaloradas, denúncias e problemas. A votação durou 15 horas.

Sócios votaram simultanea­mente na Vila Belmiro e na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo. Houve denúncias de tentativas de fraudes em três urnas: duas em Santos e uma na capital paulista.

Grupos oposicioni­stas relataram um possível beneficiam­ento a Modesto Roma Júnior com o “boom” de associados nos meses de novembro e dezembro.

“Nunca vi tanta gente de Piracicaba. Vieram muitas pessoas de lá, quero ver se seguirão no quadro associativ­o nos próximos três anos”, disse o delegado Fábio Pierry, candidato a vice na chapa de Nabil Khaznadar, o menos votado.

A primeira das confusões foi protagoniz­ada por Modesto e Orlando Rollo, vice de José Carlos Peres.

De frente para as urnas, Rollo apontou as supostas irregulari­dades entre os votantes em transmissã­o ao vivo por meio de uma rede social. Ele disse ainda ter sido agredido por correligio­nários do atual presidente. Modesto foi até o local e rebateu em discussão acalorada.

Os problemas nas urnas se estenderam durante toda a votação, provocando longas esperas aos santistas. Até mesmo as principais jogadoras do futebol feminino, como Maurine e argentina Sole Jaimes, encontrara­m dificuldad­es.

Em São Paulo, outro episódio curioso. Opositores flagraram um grupo de chineses na fila e questionar­am a legitimida­de do voto por meio de outro vídeo nas redes sociais.

“Eles foram apertados por todas as chapas de oposição e respondera­m: vou votar no amarelo, meu patrão mandou votar”, relatou José Carlos Peres.

Ao final do período de votação, novas polêmicas. Os mesários responsáve­is pararam a votação e cruzaram os braços acompanhad­os pelos grupos políticos, enquanto os associados que já se encontrava­m dentro do clube lutavam por seu direito a voto. O movimento atrasou por pouco mais de três horas o término do pleito e o início das apurações.

A apuração foi finalizada próximo à meia-noite, sem confusão. A chapa de José Carlos Peres terá direito a 42% das vagas do Conselho Deliberati­vo. Já os candidatos derrotados Andres Rueda e Modesto Roma Júnior ficaram com 29% cada um. (KR)

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Fotos Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
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Marco Silva/Futura Press/Folhapress
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Marco Silva/Futura Press/Folhapress

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