Folha de S.Paulo

Explosão em Gaza mata 2 palestinos ligados ao extremismo

Israel nega estar por trás de bombardeio; tensão na região completa uma semana

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Dois palestinos ligados a um grupo extremista foram mortos após uma explosão nesta terça-feira (12) no norte da faixa de Gaza, segundo um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza. Eles estavam em uma motociclet­a quando morreram.

Moradores afirmam que a área foi alvo de um bombardeio aéreo de Israel.

O Exército israelense negou a ação. “Ao contrário de alguns relatos palestinos, as IDF [Forças de Defesa de Israel] não atacaram o norte da faixa de Gaza”, informou comunicado da

corporação. A violência na fronteira entre Israel e Gaza aumentou na última semana, desde o anúncio da decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer a cidade de Jerusalém como capital israelense —gesto duramente criticado pela comunidade internacio­nal, sob o argumento de que prejudica os esforços de paz entre israelense­s e palestinos.

O Domo de Ferro —escudo antimíssei­s de Israel— intercepto­u na segunda-feira (11) um míssil disparado por jihadistas em Gaza. Pouco depois, Israel retrucou com artilharia de tanques e bombardeio­s localizado­s tendo como alvo posições do grupo extremista Hamas.

No domingo (10), um palestino de 24 anos havia esfaqueado um segurança israelense em um terminal de ônibus em Jerusalém, e protestos estouraram em Beirute e Rabat, entre outras cidades.

Na véspera, um ataque aéreo de Israel em resposta ao lançamento de um foguete pelo Hamas deixara dois mortos na faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelense, o bombardeio tinha como alvo “dois locais de fa-

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Mahmud Hams/AFP Palestinos carregam corpo de militante morto em Gaza

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