Folha de S.Paulo

Apesar de ser o salvador gremista, Everton não fez um bom jogo, assim como o Grê-

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Talismã do treinador Renato Gaúcho, o atacante Everton, 21, salvou novamente o Grêmio. Nesta terça (12), o jogador natural de Fortaleza entrou na etapa complement­ar e marcou o gol da vitória da equipe sobre o Pachuca (MEX) por 1 a 0, na prorrogaçã­o, após empate no tempo normal por 0 a 0, em Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos.

O autor do gol sempre foi considerad­o uma promessa. Está no clube gaúcho desde março de 2013, quando foi adquirido junto ao Fortaleza e, em 2014, chegou a entrar na lista de jogadores observados pelo Manchester City, da Inglaterra. A negociação, no entanto, não avançou.

Seu melhor momento foi em 2016, com o técnico Roger Machado, quando virou titular da equipe. Lesões, porém, impediram que ele tivesse uma sequência de jogos.

Com Renato Gaúcho, virou uma espécie de talismã e se especializ­ou em marcar gols importante­s após entrar na etapa complement­ar.

No ano passado, fez o gol de empate contra o Palmeiras, nas quartas de final da Copa do Brasil, e o terceiro na vitória sobre o Atlético-MG por 3 a 1, no primeiro jogo da decisão da competição.

Neste ano, a sorte persistiu. Dos 12 gols feitos pelo atacante, nove foram quando entrou durante a partida. Assim, como aconteceu na semifinal do Mundial. AUSÊNCIA SENTIDA mio, que não conseguiu ameaçar o goleiro mexicano Óscar Perez durante praticamen­te todo o confronto.

A equipe sentiu a falta do volante Arthur, 21, outra cria das categorias de base, que sofreu ruptura ligamentar no tornozelo esquerdo e não foi inscrito na competição.

Ele foi substituíd­o por Michel, que formou a dupla de volantes com Jailson. O meio de campo ainda teve Ramiro pela direita e Luan mais avançado e com a responsabi­lidade na armação das jogadas.

Com essa formação, o Grêmio teve dificuldad­e para sair jogando e de controlar a posse de bola. A equipe se movimentou pouco. Fernandinh­o foi pouco acionado e Barrios não era efetivo quando recebia a bola.

Na etapa inicial, os chutes mais perigosos foram em cobranças de falta de Edílson e Fernandinh­o —ambos chutaram por cima do travessão.

Apesar de atuar com dois jogadores de marcação no meio, o Grêmio dava espaços. Nos acréscimos do primeiro tempo, Honda invadiu a área com perigo, mas foi travado por Cortez na hora do chute.

Na etapa complement­ar, o Grêmio melhorou. Renato deixou o time mais ofensivo com a entrada de Jael no lugar de Barrios e de Everton na vaga de Michel. Mesmo assim, o time criava pouco.

O melhor lance da equipe tricolor aconteceu aos 33 minutos, quando o próprio Everton recebeu livre dentro da área, driblou o adversário, mas demorou para chutar. Na sequência, o Pachuca ameaçou em uma cabeçada de Guzman, que passou perto da trave de Marcelo Grohe.

Na prorrogaçã­o, Renato tentou dar mais ofensivida­de com Léo Moura no lugar de Edilson. Com isso, Fernandinh­o caiu para o lado direito e Everton ficou na esquerda.

A modificaçã­o tática deu resultado. Cortez cobrou lateral rápido para o atacante, que invadiu a área e bateu forte, no alto, para colocar o Grêmio na decisão.

O adversário sairá do confronto entre Real Madrid e Al Jazira, marcado para esta quarta (13), às 15h, em Abu Dhabi. O vencedor disputa a final no sábado (16).

A classifica­ção do Grêmio também coloca fim a uma sequência de cinco anos sem finais do Mundial com times brasileiro­s. A última foi em 2012, quando o Corinthian­s faturou o título após vencer o Chelsea, da Inglaterra.

 ?? Matthew Childs/Reuters ?? O atacante Everton comemora após fazer o gol da vitória do Grêmio sobre o Pachuca na semifinal do Mundial de Clubes
Matthew Childs/Reuters O atacante Everton comemora após fazer o gol da vitória do Grêmio sobre o Pachuca na semifinal do Mundial de Clubes

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