Folha de S.Paulo

Depressão, atingindo nove presidente­s, seguida de ansiedade, com três, e alcoolismo, com três.

- PATRÍCIA CAMPOS MELLO

DE SÃO PAULO

Abraham Lincoln tinha depressão grave e surtos psicóticos. Lyndon Johnson era bipolar. Richard Nixon sofria de alcoolismo. Mas nem por isso eles eram incapacita­dos para ser presidente­s dos EUA, diz Marvin Swartz, professor do Departamen­to de Psiquiatri­a da Universida­de Duke.

“Quase metade dos presidente­s americanos tinha algum tipo de doença mental, mas isso não significa que eles não pudessem governar”, afirma à Folha Swartz, coautor do estudo “Doenças Mentais em Presidente­s dos EUA entre 1776 e 1974”.

O estudo analisa possíveis doenças psiquiátri­cas dos presidente­s, com base em pesquisa biográfica, e voltou a ficar em evidência com a discussão sobre o estado mental do atual mandatário, Donald Trump. Abaixo, trechos da entrevista que Swartz concedeu por telefone. Qual era a doença psiquiátri­ca mais comum entre os presidente­s? É legítimo que o público e a imprensa discutam o estado de saúde mental de Trump?

A discussão é legítima. O problema é que é muito difícil diagnostic­ar pessoas à distância, sem examiná-las. Para nosso estudo, lemos todo o material biográfico disponível e analisamos o que se encaixava de alguma forma nos critérios estabeleci­dos para diagnóstic­odecadadoe­nçamental. E mesmo assim foi bem difícil. Qual era a doença psiquiátri­ca mais comum entre os presidente­s?

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