Na internet móvel, investimento sobe, e sinal do 4G alcança 91%
DE SÃO PAULO
Se, na banda larga, as teles tiraram o pé do acelerador durante a crise, na telefonia móvel a situação é melhor.
A Oi investiu R$ 3,8 bilhões entre janeiro e setembro, em um processo para se tornar mais atrativa em meio à recuperação judicial. Com isso, ela manteve sua participação no mercado, hoje de 16,6%. Os celulares com 4G foram de 25 milhões em 2015 para 60 milhões em 2016 e 95 milhões em outubro de 2017, de acordo com a Teleco.
Em 2017, também até outubro, diminuíram em 5,9% as linhas pré-pagas —já que o maior uso do celular é para dados, e não mais para ligações, muitos usuários deixaram de ter mais de um chip no aparelho para economizar.
A queda na receita das operadoras —17% na Nextel, por exemplo, nos primeiros nove meses de 2017— se explica por essa transição para dados, diz Tude, da Teleco.
“As empresas ainda não conseguiram compensar a queda no uso de voz com a receita de dados”, afirma.
A população coberta por 4G foi de 71%, em 2016, para 91% em novembro de 2017.
“A cobertura da TIM ganhou 1.700 cidades nos últimos 12 meses”, diz Pietro Labriola, diretor operacional da tele, que tem um plano de investimentos de R$ 12 bilhões de 2017 a 2019.
Todas as cidades brasileiras contam com sinal de celular, segundo a Anatel, mas só há 4G em 64,8% delas. Revolução digital O que está acontecendo hoje é a mudança no eixo dos polos de manufatura. No passado, houve a migração de fábricas para países que tinham infraestrutura e mão de obra mais barata. O que importava era diminuir custos. Vimos, então, uma imensa migração de negócios para a Ásia, incentivada por ações governamentais. China e Índia se desenvolveram muito com isso.
Porém, à medida que a era digital amadurece, novos elementos entram na equação dos negócios: automação industrial, big data, inteligência artificial, impressão 3D. Não é apenas uma questão de custos, mas de que tipo de relação as empresas terão com os consumidores. As companhias querem, precisam de pessoas que saibam trabalhar com essas novas tecnologias. Habilidades essenciais Vão se destacar os profissionais que entreguem o que as máquinas não conseguem: análises e questionamentos. Vão desaparecer as funções baseadas em buscar e organizar dados. Essa revolução já começou. Temos hoje call centers atendidos por robôs e bancos totalmente digitais, um conceito impensável no passado. Como sociedade, é preciso