Surto leva governo de Minas a decretar estado de emergência
se vacinar por medo dos eventuais efeitos colaterais.
Reações graves que podem levar à morte são raras. A incidência da doença viscerotrópica aguda, por exemplo, é de um caso a cada 400 mil doses aplicadas. Só na capital, 1,9 milhão de pessoas foram vacinadas (1,4 milhão somente na zona norte).
Para minimizá-las, é importante uma triagem rigorosa, em que se pesem os riscos e os benefícios da vacinação em grupos mais vulneráveis, como os imunodeprimidos.
Fato é que há tempos epidemiologistas e infectologistas alertam para o avanço da febre amarela e para a necessidade do aumento da cobertura vacinal. Se isso tivesse sido feito de forma gradual e organizada, a balbúrdia seria bem menor. DE SÃO PAULO - Neste sábado (20), o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), decretou estado de emergência em saúde pública por causa do surto de febre amarela em 94 dos 853 municípios mineiros, nas áreas de Belo Horizonte, Itabira e Ponte Nova. O decreto, publicado no “Diário Oficial”, deve durar 180 dias.
Com o decreto, os municípios podem fazer compras de insumos, materiais e contratar serviços de emergência com dispensa de licitação.
Desde julho de 2017, já foram confirmados 22 casos e 16 mortes pela doença no Estado, sendo 77% das ocorrências na região metropolitana, segundo a secretaria de Saúde. Outros 46 casos continuam em investigação.