Pai de bebê morta no Rio cobra punição de motorista
Menina foi enterrada neste sábado; oito pessoas continuam internadas
Australiano continua internado em estado grave; CNH de condutor havia sido cassada, e ele mentiu na renovação
Darlan Rocha, 27, pediu punição para Antonio de Almeida Anaquim, 41, que atropelou 18 pessoas na noite de quinta (18) na praia de Copacabana, na zona sul do Rio.
Rocha é pai da menina Maria Louise, morta no acidente. Ela tinha apenas oito meses.
“Isso não pode ficar impune. Estou acabado. O meu coração está destruído”, afirmou Rocha, na manhã de sábado (20), no velório da sua filha no cemitério São João Batista, em Botafogo.
Oito pessoas continuavam internadas em dois hospitais públicos neste sábado. Entre elas há um australiano, em estado gravíssimo —ele está na UTI e respira por aparelhos.
Na delegacia, logo após a ocorrência, Anaquim afirmou à polícia ter sofrido um ataque epilético. O motorista perdeu a direção, subiu na ciclovia, atravessou o calçadão e só parou na areia.
A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de Anaquim já tinha sido cassada. O Detran abriu processo de suspensão de sua habilitação em maio de 2014. No entanto, ele não cumpriu com a exigência de devolver a carteira para realizar o curso de reciclagem. O processo só foi concluído em fevereiro de 2017. Nesse período, ele renovou a CNH.
Ao responder no questionário de renovação se tinha epilepsia, o motorista negou.
Anaquim foi liberado na tarde de sexta-feira (19). Ele responderá em liberdade por homicídio culposo —quando não há intenção de matar.
Exame realizado pela Polícia Civil apontou que Anaquim não tinha ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.