Aplicativos de baixo custo ajudam a mostrar eficiência
Sistemas oferecem desde gerenciamento de estoque até controle de filas
Tecnologia vira solução para integrar sistemas de gestão, captar dados de clientes e organizar os impostos a pagar FOLHA
Empresas de tecnologia têm investido em plataformas e aplicativos de menor custo —ou até de graça— para ajudar empresários a aumentar a eficiência de todos os aspectos da gestão da empresa.
É o caso da start-up MarketUP, que oferece um sistema de gestão integrada gratuito para empresas de pequeno e médio porte. Ele permite, entre outras funcionalidades, emitir notas fiscais, fazer o controle de estoque, integrar lojas virtuais a sistemas de pagamento on-line, além de oferecer um módulo para vendas no balcão.
O empresário Lucas Lassen, 39, adotou o sistema nas duas lojas da Paiol, de presentes artesanais brasileiros.
Lassen, que era ator, abriu a primeira loja na rua Frei Caneca, na zona central de São Paulo, há dez anos, como uma forma de se sustentar no teatro. O negócio vingou e a Paiol ganhou mais uma unidade, em Pinheiros, na zona oeste da cidade, em 2016. Ele viaja pelo país reunindo as obras de artesãos para vender em suas lojas.
Com o crescimento e a distância, ficou complicado controlar tudo manualmente. “A empresa tem uma diversidade muito grande de produtos. Eu precisava de mais controle, saber qual produto saía mais”, conta o empresário.
Para isso, ele adotou a MarketUP e afirma que agora tem uma visão mais completa do negócio. “Já temos código de barras em 700 produtos e ainda falta muita coisa. Podemos gerar relatórios, analisar os dados e descentralizar um pouco as decisões”, diz.
Lassen não revela seu faturamento, mas diz que os ganhos cresceram 25% em 2017 e que a meta para 2018 é cres- cer mais 30%. Para isso, um dos planos é lançar uma loja virtual, para a qual também deve usar a MarketUP. FILA INTELIGENTE Já Bruno Kobayashi, 34, sócio da lanchonete Zé do Hamburger, buscou a tecnologia para controlar o lado de fora do estabelecimento, inaugurado em 2008 em Perdizes, na zona oeste.
Havia muita desistência na fila de espera, o que nos fazia perder dinheiro”, afirma Kobayashi.
Foi assim que conheceu a Get In, uma plataforma criada para a gestão da fila de espera e que permite ainda captar dados dos clientes, gerenciar as mesas do salão e enviar ofertas para os consumidores. O valor é de R$ 199 para restaurantes que giram até 500 mesas por mês e de R$ 299 para os demais.
Com um faturamento de R$ 8,4 milhões em 2016 e estimativa de um aumento de 10% em 2017, Kobayashi diz que vale a pena pagar a mensalidade para acelerar a fila do Zé do Hamburguer.
Outra vantagem, diz o empresário, é dividir a plataforma com locais renomados de São Paulo, como o Paris 6, o Maní Manioca e a Companhia Tradicional de Comércio, dona dos bares Astor, Pirajá, da rede Lanchonete da Cidade e da pizzaria Bráz. Na visão dele, isso ajuda a atrair mais clientes para a hamburgueria.
Há ainda uma versão do aplicativo da Get In para o usuário final, pela qual pode entrar virtualmente na fila do restaurante e só ir ao local quando a sua vez estiver chegando. Para isso, paga uma taxa de R$ 7,90 por uso.
Neto Silvestrini, sócio-fundador da Get In, diz que a plataforma reuniu cerca de 240 restaurantes em 20 cidades em três anos e faturou cerca de R$ 600 mil em 2017. “Existia uma resistência à tecnologia, mas percebemos um amadurecimento do mercado”, afirma.
Veja ao lado algumas opções de aplicativos gratuitos ou de baixo custo.