Invasão turca abre novo front em guerra síria
Alvo da operação, iniciada sábado, são milícias curdas apoiadas pelos EUA; ao menos 18 morreram
O Exército turco realizou neste domingo (21) uma incursão terrestre em região curda no norte da Síria e atacou milícias curdas apoiadas pelos EUA, no segundo dia de uma campanha que abriu um novo front na guerra civil da Síria.
A artilharia turca bombardeou posições da milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), enquanto foguetes disparados do território sírio atingiram duas cidades turcas na fronteira, Kilis e Reyhanli, causando pelo menos uma morte e ferindo mais de 50 pessoas.
A Turquia iniciou a chamada Operação Ramo de Oliveira no sábado (20) contra as YPG, que considera terroristas, no território de Afrin.
O governo americano disse estar preocupado com a situação, mas afirmou que seu apoio à YPG se limite ao combate do Estado Islâmico. A Rússia retirou suas tropas de Afrin e liberou o espaço aé- reo, afirmando estar preocupada, mas dizendo que não vai interferir.
A França pediu uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para tratar da situação.
“Nossos aviões decolaram e começaram a bombardear. E agora a operação terrestre está acontecendo. Estamos vendo como as YPG estão fugindo em Afrin”, disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. “Vamos caçá-los. Se Deus quiser, vamos completar essa preocupação muito rapidamente.”
“A operação se desenvolve como previsto, a ofensiva terrestre começou”, afirmou o Exército turco em um comunicado, acrescentando que 153 objetivos (esconderijos de armas) foram alcançados.
Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 18 pessoas, a maioria civis, morreram nos bombardeios desde o início da operação. Ancara afirma que só atingiu alvos “terroristas” e acusa as YPG de “pro-
Erdogan ataca as YPG em um momento em que suas relações com Washington estão fragilizadas. Ele ficou especialmente irritado com a declaração de militares americanos de que os EUA ajudariam a formar um novo Exército de fronteira com as