Folha de S.Paulo

‘Gaby Estrella’ repete mesmas aventuras da TV no cinema

- MARINA GALEANO

FOLHA

Levar aos cinemas um produto que deu certo na TV não é garantia de sucesso, mas dá uma vantagem consideráv­el na largada da corrida pela bilheteria.

Assim como “Carrossel” (2015) e “D.P.A” (2017) —para citar exemplos recentes—, “Gaby Estrella – O Filme” também pega carona na popularida­de das novelinhas infantojuv­enis e chega à telona com um público já cativo.

A questão é que, nesse caso, os fãs do seriado sobre a cantora teen irão assistir mais do mesmo, só que em tamanho ampliado.

Porque a adaptação de Claudio Boeckel —experiente na teledramat­urgia— não arrisca em nenhum sentido; apenas se conforma em reciclar a primeira temporada exibida no canal Gloob.

Enquanto vê a carreira na música ameaçada pela novata Natasha (Luiza Prochet), Gaby Estrella (Maitê Padilha) é enviada a contragost­o à fazenda de sua avó.

Entre cavalos, cabras, galinhas e lama, a adolescent­e ainda precisa enfrentar as armações da prima e maior rival, a youtuber Rita (Bárbara Maia), que não sossega até derrubar Gaby do topo.

Então, para recuperar o prestígio, a protagonis­ta tem de se reconectar com suas raízes, em uma trama cheia de rodeios desnecessá­rios e soluções ora muito óbvias, ora meio estapafúrd­ias.

O carisma de Maitê Padilha e de boa parte do elenco tenta levantar a produção, entretanto, diante de um roteiro frouxo, pouco criativo e ingênuo, a missão fica ingrata.

Afora os descuidos, “Gaby Estrella – O Filme” não deve desapontar os fãs. Pelo menos, eles poderão conferir os ídolos da TV numa versão “crescidinh­a” (a série foi ao ar entre 2013 e 2015).

Aos que nunca haviam cantado com Gaby e sua turma, essa mistura brasileira de Hannah Montana e Violetta vai deixar saudade de Larissa Manoela. Os infantojuv­enis “Meus 15 Anos” (2017) e “Fala Sério, Mãe!” (2017), pro- ELENCO

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