Turnê lança operação solo de firma no país
Josh Homme.
Talvez sob a influência de estar em turnê com Dave Grohl, o labrador do rock, o guitarrista e vocalista do QOTSA se apresentou muito mais simpático do que de costume, o que tornou seu show descontraído, até mesmo dançante, sem que se perdesse o peso que caracteriza seu som.
O repertório da apresentação de 80 minutos privilegiou as canções do álbum “Villains” (2017) —incluindo as ótimas “The Way You Used to Do” e “The Evil Has Landed”—, mas também trouxe sucessos como “No One Knows”, “Little Sister” e “Go with the Flow”.
Após os shows em SP, as bandas seguem para Curitiba (na Pedreira Paulo Leminski, 2/3) e para Porto Alegre (Beira-Rio, 4/3).
A turnê do Foo Fighters com Queens of the Stone Age, que chega a São Paulo nesta terça (27), marca o início da operação independente da Live Nation no Brasil.
Trata-se da empresa líder no mercado global de entretenimento ao vivo, com atuação em mais de 40 países e sua própria divisão de vendas e distribuição de ingressos, a Ticketmaster.
Até então, a Live Nation realizava espetáculos com intermediárias regionais, como a Time for Fun (T4F), com a qual promoveu turnês de artistas como Justin Bieber, em março e abril de 2017, e a Move Concerts, parceira nos recentes shows de Phil Collins.
Segundo Alexandre Faria, diretor e vice-presidente de aquisição de talentos da Live Nation e ex-diretor artístico da T4F, a atuação local deve aumentar o número de turnês que circulam pelo país.
Faria afirma que a empresa, com base nos EUA, irá estudar “possibilidades de encontros entre artistas brasileiros e estrangeiros e novos formatos” de espetáculos.
Públicos fora do eixo SulSudeste podem ser beneficiados com a operação regional. “Não é tão corriqueiro, mas vamos olhar para outros mercados”, diz Faria.
O Nordeste será contemplado já na próxima turnê que a empresa realiza por aqui. Em abril, Demi Lovato levará “Tell e That You Love Me” a Recife e Fortaleza, além das praças usuais, como São Paulo e Rio.
A Live Nation anunciaria nesta terça (27) os resultados financeiros de 2017. Em setembro, a empresa divulgou uma prévia dos resultados referentes aos nove meses anteriores, marcando um aumento de 12% em sua receita e prevendo fechar o ano com despesa de US$ 5 bilhões na produção de shows.
“A crise impacta no patrocínio, as pessoas podem deixar de fazer alguma compra ou uma viagem mais cara, mas continuam indo a shows e ao cinema”, diz Faria.