Superavit primário tem o melhor janeiro em 22 anos
Graças à recuperação da arrecadação, resultado no primeiro mês do ano foi de R$ 31 bi, 67,8% superior ao mesmo período de 2017
Com a recuperação da arrecadação, as contas públicas fecharam janeiro com um superavit primário de R$ 31 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 1997, início da série histórica do Tesouro Nacional.
O melhor resultado em 22 anos, que foi anunciado pelo órgão nesta terça-feira (27), foi possível por causa do bom desempenho das receitas federais no mês passado.
Na comparação com o superavit do mesmo mês do ano passado, a alta foi de 67,8%.
O resultado é dado pelas receitas menos despesas antes do pagamento de juros.
O Tesouro atribuiu o desempenho à recuperação da economia, que aumenta a arrecadação de impostos, ao Refis, que teve alta adesão de contribuintes que optaram pelo pagamento à vista em janeiro, e ao aumento da alíquota do PIS/Cofins dos combustíveis.
Em razão desses três fatores, a receita totalizou R$ 136,4 bilhões, alta de 11,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Para a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, a reação da economia, se for confirmada, pode alterar, para melhor, as perspectivas fiscais para este ano.
No acumulado em 12 meses, o deficit é de R$ 113,6 bilhões. A meta fiscal para o ano é de um deficit de R$ 154,8 bilhões.
”A arrecadação foi uma boa notícia em janeiro. Percebemos que há um componente importante de melhoria de parâmetros macroeconômicos. Isso se reverterá em melhoria dos resultados fiscais, já que as despesas já estão disciplinadas pela regra do teto de gastos”, disse a secretária do Tesouro.
A regra do teto de gastos determina que as despesas do governo federal só podem crescer limitadas à inflação do ano anterior. A norma foi determinante para que as R$ 154,8 bi É a meta de deficit primário para as contas públicas em 2018 R$31bi Foi o superavit primário no mês de janeiro de 2018