Casa Branca aplica mais sanções à Rússia
Punição coincide com divulgação de intimação para empresa de Trump entregar papéis sobre laços com Moscou
Procurador pede dados relacionados a russos e à campanha de 2016; governo dá ênfase a pressão sobre Kremlin
No mesmo dia em que o presidente americano, Donald Trump, elevou o tom contra a Rússia com um novo pacote de sanções, o país voltou ao colo do mandatário na investigação que apura a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.
O procurador Robert Mueller, que conduz o inquérito, intimou as Organizações Trump a entregarem uma série de documentos, incluindo papéis ligados à Rússia.
É a primeira vez que Mueller intima oficialmente uma empresa do grupo empresarial de Trump, o que aproxima o inquérito do presidente.
O pedido foi revelado nesta quinta (15) pelo The New York Times, mas feito semanas atrás. Nele, o procurador exige que sejam entregues papéis ligados à Rússia e a outros tópicos da investigação.
Poucas horas antes, o governo Trump havia anunciado sanções econômicas contra 24 indivíduos e organizações russos por intromissão nas eleições presidenciais de 2016 –parte deles, inclusive, já indiciados por Mueller.
A administração responsabiliza agentes ligados ao Kremlin não só por interferirem no pleito, mas por ciberataques a órgãos estatais e a computadores em todo o mundo, agindo “em nome do governo russo”.
O grupo também teria investido contra a infraestrutura, monitorando e colhendo informações de usinas nucleares, indústrias de aviação e de abastecimento –o que motivou um alerta do FBI e do Departamento de Segurança Doméstica.
Para a Casa Branca, a Rússia precisa decidir se quer ser amiga ou inimiga dos EUA.