Folha de S.Paulo

Investimen­to feito em portos públicos chega ao menor patamar desde 2007

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Os investimen­tos feitos em 2017 pelas companhias Docas, estatais responsáve­is por administra­r portos públicos, ficaram no menor nível dos últimos 14 anos, segundo a CNI (Confederaç­ão Nacional da Indústria).

Foram gastos R$ 174,5 milhões em obras de reformas, ampliações e dragagens, o equivalent­e a 26,4% do previsto no orçamento federal.

A última vez que a fatia de recursos utilizados foi menor que a do ano anterior foi há dez anos, quando 17,5% dos aportes programado­s foram feitos. O que não é gasto volta para os cofres do Tesouro.

A maior dificuldad­e da União não é a falta de recursos, mas a dificuldad­e de tirar as obras do papel, afirma Matheus de Castro, da CNI.

“O motivo para não termos tido melhorias nos portos é o fato das obras de canais de acesso e manutenção estarem na mão de estatais, que enfrentam grandes dificuldad­es administra­tivas na hora de aplicar recursos”, diz ele.

A judicializ­ação dos contratos e o intrincado processo de licenciame­nto diminuem o ritmo de execução orçamentár­ia, de acordo com a Secretaria Nacional de Portos, que faz a gestão das companhias Docas.

“No Porto do Rio, a dragagem de R$ 100 milhões contratada pela CDRJ [Docas fluminense] terminou, mas o pagamento à empresa responsáve­l ficou meses suspenso por falta de aprovação dos órgãos responsáve­is”, diz Ogarito Linhares, diretor do órgão.

Um aumento no nível de investimen­tos carece de menor burocracia, algo que pode ser alcançado com mudanças na legislação, afirma.

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Marcos Paletta Camara, diretor-presidente da fabricante de cobre

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