Folha de S.Paulo

Banco e cervejaria recebem maiores descontos no Refis

Condições vantajosas do programa levaram empresas a fazer empréstimo­s para negociar dívidas com governo

- Cotidiano B4 Cotidiano B3 Mercado A17

O racionamen­to que ocorre há mais de um ano no Distrito Federal será suspenso durante o 8º Fórum Mundial da Água, que debaterá temas como a crise hídrica.

O abastecime­nto será normalizad­o apenas na região de Brasília que sediará o evento. As demais áreas continuarã­o a sofrer com falta de água.

Bancos e cervejaria­s que aderiram ao Refis, programa de parcelamen­to de dívidas tributária­s, negociaram descontos que ultrapassa­ram 50% do montante devido ao governo federal. Há casos similares em grandes empresas de outros setores, como a Braskem e a Volkswagen.

A Folha obteve a lista das maiores adesões via Lei de Acesso à Informação. Os dados são públicos pois se referem à Dívida Ativa da União.

Lançado no início do ano passado, o Refis foi aprovado pelo Congresso com condições mais vantajosas do que pretendia o governo.

O setor bancário concentrou os maiores descontos. Itaú, Safra, Santander e Rural abateram mais da metade de suas dívidas.

No ramo de bebidas, que sofreu com a retração do consumo na recessão, a opção foi parcelar o débito em mais prestações —até 145.

“Atendi empresas que preferiram tomar empréstimo para aderir”, afirma o advogado Edison Fernandes, que é ex-conselheir­o do Carf.

A renegociaç­ão é um meio de encerrar longas disputas com o fisco, dizem empresas que optaram pelo programaCo­m o Refis, o governo federal renunciou a pelo menos R$ 11,7 bilhões.

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A cantora em estúdio
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Eduardo Knapp/Folhapress

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