Banco e cervejaria recebem maiores descontos no Refis
Condições vantajosas do programa levaram empresas a fazer empréstimos para negociar dívidas com governo
O racionamento que ocorre há mais de um ano no Distrito Federal será suspenso durante o 8º Fórum Mundial da Água, que debaterá temas como a crise hídrica.
O abastecimento será normalizado apenas na região de Brasília que sediará o evento. As demais áreas continuarão a sofrer com falta de água.
Bancos e cervejarias que aderiram ao Refis, programa de parcelamento de dívidas tributárias, negociaram descontos que ultrapassaram 50% do montante devido ao governo federal. Há casos similares em grandes empresas de outros setores, como a Braskem e a Volkswagen.
A Folha obteve a lista das maiores adesões via Lei de Acesso à Informação. Os dados são públicos pois se referem à Dívida Ativa da União.
Lançado no início do ano passado, o Refis foi aprovado pelo Congresso com condições mais vantajosas do que pretendia o governo.
O setor bancário concentrou os maiores descontos. Itaú, Safra, Santander e Rural abateram mais da metade de suas dívidas.
No ramo de bebidas, que sofreu com a retração do consumo na recessão, a opção foi parcelar o débito em mais prestações —até 145.
“Atendi empresas que preferiram tomar empréstimo para aderir”, afirma o advogado Edison Fernandes, que é ex-conselheiro do Carf.
A renegociação é um meio de encerrar longas disputas com o fisco, dizem empresas que optaram pelo programaCom o Refis, o governo federal renunciou a pelo menos R$ 11,7 bilhões.