A ÚLTIMA MISSÃO
Famoso pelo papel do anti-herói Walter White em ‘Breaking Bad’, Bryan Cranston vive veterano do Vietnã em ‘A Melhor Escolha’, de Richard Linklater, que estreia na quinta (22)
me contra as guerras e não mostrá-las, não há uma cena de batalha na tela. Acho que filmes de guerra precisam ter cuidado para não glorificar a coisa toda. A última decisão que qualquer país deve tomar é declarar guerra a outro.” CONTRA TRUMP Crítico contumaz do presidente americano Donald Trump, Cranston aproveita para mais um disparo.
“Penso que o atual presidente americano deveria compreender que diplomacia e negociação não são métodos menos valorosos. O filme poderia ensinar algo a Trump, mas ele não tem capacidade para aprender qualquer coisa.”
A química do trio de atores rendeu elogios unânimes na crítica americana.
O papel dele talvez seja o mais difícil, porque é em Sal Nealon que o roteiro deposita algumas cenas de humor, que surgem em meio ao drama.
Cranston acha que tentar trabalhos bem diferentes do tipo que viveu em “Breaking Bad” é um desejo natural e compreensível.
“Se eu já fiz alguma coisa, não quero ficar me repetindo”, diz. “Fui para a Broadway, depois interpretei no cinema um personagem real, o roteirista Dalton Trumbo”, lembra, referindo-se a “Trumbo”, que lhe deu uma indicação ao Oscar em 2016.
Ele diz que, apesar de o novo filme ser “muito triste” há “esperança” nele. “É uma história com momentos engraçados. Esse papel foi desafiador em muitos níveis.”
O roteiro de “A Melhor Escolha” tem ligações com o filme “A Última Missão” (1973), de Hal Ashby, um dos primeiros grande trabalhos de Jack Nicholson.
Ambos são baseados em personagens do escritor Darryl Ponicsan. Apesar de nomes modificados, o soldado interpretado por Cranston seria o mesmo vivido por Nicholson naquele filme.
Ele não quis rever “A Última Missão”.
“Não sou louco. Jack Nicholson é um ícone, você não pode querer fazer nada parecido com ele. Seria muita estupidez da minha parte.”