Isso é pensado por todos nós, não só os intérpretes, mas pela equipe inteira, autor e diretor. A gente pensa em não se repetir. Mas acho que é muito normal na nossa história e no nosso ofício, sempre pensar em não se repetir
ADRIANA ESTEVES
atriz, sobre o retorno como vilã em retor. A gente pensa em não repetir. Mas acho que é muito normal, na nossa história e no nosso ofício, sempre pensar em não se repetir.”
Secco intervém. “Eu acho que nunca fiz uma vilã. A Iris [de ‘Laços de Família’, também da Globo] era uma menina má, mas não era uma vilã. E mesmo assim tenho medo de me repetir”, diz.
“Talvezeunãomerepitacomo vilã, mas me repita na forma de atuar. Fugir de si própria é quase impossível, seu corpo é seu, sua voz é sua, sua cara é a mesma”, diz. “Hoje eurelaxo:pormaisqueeutente me reinventar, sou eu ali.” PARALELAMENTE Esteves chega à novela logo depois de rodar o filme “Marighella”, em que, sob direção de Wagner Moura, interpreta Clara Charf, a mulher do guerrilheiro morto pelos militares durante a ditadura.
“Tive a oportunidade de conhecer Clara Charf na casa dela, tomar um chazinho e passar uma tarde conversando”, conta a atriz. “É lindo vêlafalarsobreMarighellacomo se ele fosse entrar pela porta a qualquer minuto.”
Secco vem das gravações de “Mulheres Alteradas”, filme baseado nos quadrinhos de Maitena, com direção de Luis Pinheiro e estreia prevista para o fim deste semestre.
Também comentou sobre o sucesso da série “Me Chama de Bruna” na América Latina, cuja protagonista (Maria Bopp), uma prostituta, segue filme que Secco estrelou em 2011, “Bruna Surfistinha”.
“Na época, ninguém queria patrocinar. Os produtores iam de porta em porta. Ver que o filme virou série é um respiro.” As duas obras tomam por base livro da prostituta Bruna Surfistinha.
Agora juntas, Secco e Esteves devem investir em figuras quesãomásecômicasaomesmotempo.ComofoiCarminha em “Avenida Brasil”, ou mesmo Flora (Patrícia Pillar), em “A Favorita” (2008-2009), outra trama de Carneiro.
“Elas fazem coisas terríveis mas são figuras patuscas e palhaças”, define o autor.