Folha de S.Paulo

Desvantage­ns

- FLÁVIA G. PINHO

FOLHA

Qual é o lugar ideal para se abrir uma empresa? A resposta deve começar na análise dos custos: o valor fixo gasto nas instalaçõe­s não pode passar de 35% do faturament­o do negócio, de acordo com Ruy Barros, consultor de negócios do Sebrae-SP.

Esse percentual inclui aluguel e toda a infraestru­tura, da conta de energia elétrica aos salários.

Há quem experiment­e várias opções antes de encontrar o que funciona melhor. A analista de sistemas Raquel Molina, 33, optou por ficar em casa enquanto gestava a Futuriste, empresa especializ­ada em venda de drones, assistênci­a técnica e capacitaçã­o para pilotos.

“Sem faturament­o, o home office era a solução”, afirma. Por um ano, lutou contra tentações domésticas que a afastavam do computador. “Há quem se adapte, mas vi que não funcionari­a para mim”, diz a empresária.

Em 2015, Raquel contratou um funcionári­o e mudou-se para um coworking. Algum tempo depois, com a expansão do negócio, a Futuriste precisou de mais espaço.

A empresa de drones recebe cerca de 30 alunos por mês, que pagam a partir de R$ 890 pelo módulo básico de pilotagem, de oito horas.

“A diferença entre o que eu gastava no coworking e o que investiria para customizar uma sede própria não era grande”, diz Raquel.

Hoje, a Futuriste ocupa uma casa de 350 m² no Ipiranga, zona sul de São Paulo, que abriga a equipe de sete pessoas, além dos quatro instrutore­s esporádico­s.

Embora muitos encarem o coworking como uma fase transitóri­a, o publicitár­io Giovanni Salvador, 22, vê a solução como definitiva.

Cofundador da BossaBox, plataforma de desenvolvi­mento de softwares, ele se instalou em uma das unidades paulistana­s do WeWork em outubro de 2017 com sua equipe de seis pessoas.

Cinco meses depois, a BossaBox já tem oito integrante­s e ocupa uma sala privativa, que sai por R$ 8.800 mensais.

A infraestru­tura do local e a possibilid­ade de usar outras unidades da rede, presente em 21 países —no dia da entrevista, um dos sócios, André Abreu, 23, estava trabalhand­o em Paris—, contri- faturament­o em 2016

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