Cautela DOR E
Seleção brasileira assume marcas do 7 a 1 e Tite opta por volante para substituir Neymar contra Alemanha
DE BERLIM
A seleção brasileira fará nesta terça-feira (27) um exorcismo final antes da Copa do Mundo da Rússia, mas ainda precisa convencer o fantasma do outro lado sobre importância do ritual.
“O 7 a 1 é real. A gente carrega esse fantasminha todo o dia”, enfim admitiu o técnico Tite, ao comentar o amistoso contra a Alemanha, em Berlim. Será o primeiro embate das duas equipes principais dos países desde a semifinal da Copa de 2014.
Após passar dias minimizando o peso do jogo, Tite disse que esse é o maior teste psicológico e emocional do time que assumiu em 2016, antes do Mundial da Rússia, que começa em junho.
Até a única novidade tática do Brasil em relação à vitória por 3 a 0 contra a Rússia na sexta (23), a entrada do volante Fernandinho para reforçar a marcação, remete aos fantasmas de 2014.
Lá, também sem um lesionado Neymar, o técnico Luiz Felipe Scolari resolveu deixar a defesa desguarnecida e escalou Bernard para a vaga da estrela do time. Atacante, então com 21 anos, conheceu o oblívio após o desastre.
Na confortável posição de quem venceu o duelo do Mineirão em 2014, o técnico Joachim Löw esnobou a situação. “Foi um bom jogo, mas só um passo rumo à final [contra a Argentina]”, disse.
“Claro, para o Brasil é outra coisa, talvez haja um sentimento de revanche, mas também não dá para voltar no tempo”, afirmou Löw.
Já Tite diz que o 7 a 1 “te traz um componente que é inegável”. “O sentimento de frustração é normal.”
Ele irá comandar a seleção pela 18ª vez nesta terça, contra nada menos que 160 jogos de Löw, à frente da Alemanha há quase 12 anos.
Com vitória ou empate, o alemão completará uma série