Folha de S.Paulo

A transforma­ção emocional de ex-obesos

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A CIRURGIA bariátrica que faz voltarem ao peso normal obesos mórbidos é uma rotina nos principais centros médicos nacionais e internacio­nais. Cerca de 100 mil operações para a redução do estômago foram realizadas em 2016 no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica.

Apesar dos milhares de procedimen­tos realizados em muitos países, a maioria dos estudos publicados analisa a técnica cirúrgica empregada e sua repercussã­o metabólica no pós-operatório. Poucos pesquisam as reações emocionais dos pacientes.

Uma pesquisa realizada na Suécia, publicada na revista Jama Surgery desta semana, mostra as mudanças nas relações interpesso­ais de ex-obesos, depois da cirurgia.

O professor Gustaf Bruge e colaborado­res do Instituto Karolinska observaram aumento no número de casamentos e novos relacionam­entos entre os solteiros no pós-operatório, apesar de a melhora na saúde ser a principal indicação para a cirurgia.

Por outro lado, também foi observado aumento de divórcios ou separações entre 29.234 participan­tes da cirurgia gástrica naquele país. A pesquisa abarca um período de dez anos com pacientes de idade entre 37 e 60 anos.

Os autores não consideram as separações um efeito adverso da cirurgia propriamen­te dita, e sim os desenlaces de relações possivelme­nte já bastante desgastada­s.

Eles avaliam ser essa uma demonstraç­ão de que a melhora física e psicológic­a gera confiança e aumenta a autoestima dos pacientes convivendo em relações familiares inadequada­s.

Estou com uma ferida aberta e infecciona­da na perna há muito tempo. Mesmo com antibiótic­os, não consigo curá-la. O que isso significa? O que posso fazer?

É comum, em feridas abertas, a formação de uma camada chamada fibrina, de aparência branco-ameralada, o que pode ser erroneamen­te interpreta­do como uma infecção. Vale ressaltar também que lesões na perna possuem cicatrizaç­ão mais lenta. Mesmo que seja algo mais difícil, principalm­ente após o uso de antibiótic­os, pode realmente haver uma infecção de tratamento mais difícil. “A pessoa eventualme­nte pode ter ido fazer algum curativo e ter uma infecção resistente. Mas não costuma ser o mais comum”, afirma Flavio Luz, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatolog­ia. Outra possibilid­ade é que, devido a uma limpeza precária da ferida, algum corpo estranho tenha permanecid­o no local. Luz afirma que a limpeza do local deve ser feita com água corrente ou soro fisiológic­o. O especialis­ta diz também que não se deve usar substância­s antissépti­cas, pois elas atrasam a cicatrizaç­ão.

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