Folha de S.Paulo

Com gol de Borja, Palmeiras sai na frente na decisão do Paulista

Equipe alviverde vence o Corinthian­s por 1 a 0 e joga por um empate para ficar com o troféu

- ALEX SABINO LUIZ COSENZO

Clássico realizado neste sábado é marcado por confusão generaliza­da, muitas faltas, entradas violentas e expulsões

Fábio Carille pediu várias vezes por um centroavan­te para substituir Jô, vendido para o Nagoya Grampus (JAP) em dezembro de 2017. Não foi atendido. O Palmeiras teve um jogador da posição em campo por apenas 45 minutos, o suficiente para vencer o Corinthian­s por 1 a 0 neste sábado (31), no Itaquerão, na primeira partida da final do Paulista. Borja fez o gol aos 7 minutos do primeiro tempo.

Depois disso, pouco se viu de futebol na arena alvinegra.

Em um jogo tenso, com muitas reclamaçõe­s, entradas violentas e pressão sobre a arbitragem de Leonardo Bizzio Marinho, as equipes mostraram mais vontade que qualidade com a bola.

O atacante da seleção colombiana decidiu a partida na única chance que recebeu, em bola cruzada por Willian. O Corinthian­s criou pouco. Nas oportunida­des que teve, faltou atacante para finalizar.

Borja custou R$ 32,8 milhões à Crefisa, patrocinad­ora do Palmeiras, no início do ano passado. O mais próximo que Carille recebeu em 2018 para o lugar de Jô foi Junior Dutra, que veio de graça. Ele não foi utilizado na partida.

O autor do gol foi substituíd­o no intervalo para que o técnico Roger Machado remontasse o esquema tático após a expulsão de Felipe Melo, nos acréscimos do primeiro tempo. Clayson, do Corinthian­s, também foi expulso.

Além dos dois cartões vermelhos, o árbitro distribuiu dez amarelos durante a partida, seis para jogadores palmeirens­es (leia mais abaixo).

Sem a sua referência no ataque, o Palmeiras se fechou no segundo tempo à espera dos espaços para contra-atacar. Estes apareceram, mas a equipe não soube aproveitar.

O Corinthian­s teve menos sucesso ainda, apesar de o adversário ter recuado. Nem a entrada do garoto Pedrinho, 19, resolveu o problema.

Nos dez minutos finais, como última alternativ­a, Carille colocou Danilo, 38, no lugar de Emerson Sheik para jogar como centroavan­te.

O meia passou 14 meses afastado entre 2016 e 2017 por fratura na tíbia e fíbula da perna direita. Ele voltou a atuar em novembro de 2017.

Uma solução de criativida­de para o Corinthian­s poderia ser a entrada de Jadson, liberado após se recuperar de contusão na coxa direita. Mas o treinador decidiu manter Rodriguinh­o como a única opção para armar as jogadas.

Com dez jogadores em campo, o Palmeiras repetiu o que já havia acontecido em jogos anteriores do Paulista: cansou. Mesmo assim, conseguiu manter a vantagem que o deixa perto do título.

Por ter vencido o jogo de ida, o Palmeiras joga por um empate na volta. Se não perder no próximo domingo (8), no Allianz Parque, será campeão estadual pela primeira vez depois de dez anos. A última conquista aconteceu em maio de 2008, quando goleou a Ponte Preta por 5 a 0.

Para ficar com o título, o Corinthian­s terá de vencer por dois gols de diferença. Se ganhar por apenas um, a decisão será nos pênaltis.

A vitória mostra que o Palmeiras não encontra problemas em ir ao Itaquerão enfrentar o Corinthian­s em mata-mata. Desde a inauguraçã­o da arena corintiana, em 2014, foi a segunda vez que a equipe foi ao estádio em série eliminatór­ia. Em 2015, eliminou o rival nos pênaltis na semifinal do Estadual.

A decisão deste ano é a primeira entre as duas equipes no Paulista desde 1999, quando o Corinthian­s ficou com o título em jogo terminado antes do fim do tempo regulament­ar por causa de uma briga generaliza­da.

Na terça-feira (3), o Palmeiras enfrenta o Alianza Lima (PER), no Allianz Parque, pela Libertador­es. O Corinthian­s folgará durante a semana antes da segunda partida da decisão do Estadual.

DE SÃO PAULO

Após uma partida desgastant­e contra o Corinthian­s, o Palmeiras pensa na Libertador­es. Na terça (3), a equipe enfrenta o Alianza Lima (PER) em casa, pela segunda rodada do Grupo 8.

O técnico Roger Machado disse que vai esperar a recuperaçã­o dos atletas para definir o time contra a equipe do Peru.

“Mais importante neste momento é descansar todo mundo. Os três pontos que ganhamos fora [contra o Junior Barranquil­la] só serão confirmado­s se ganharmos em casa”, disse o treinador.

Contra o Corinthian­s, Roger fez três alterações, duas delas por problemas físicos: o volante Bruno Henrique e o lateral Victor Luís sentiram e foram substituíd­os por Thiago Santos e Diogo Barbosa antes da metade do segundo tempo. (AS E LC)

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O centroavan­te Borja é abraçado pelos companheir­os após marcar o gol que deu a vitória ao Palmeiras no primeiro confronto da final do Campeonato Paulista, contra o Corinthian­s

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