Não acredito. Creio nos times de sempre. Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha,
DE SÃO PAULO
Falar com Carlos Bilardo, 79, exige paciência e boa dose de diplomacia. “Você é de onde?” “Está em Buenos Aires?” “É por telefone?” “Qual é o assunto?” “Ligue de novo depois de amanhã, está bem?”
Depois de quatro telefonemas e conversas que envolveram até a mulher, Glória, o campeão mundial de 1986 aceitou falar sobre o que espera ver na Copa da Rússia, o futebol atual e a seleção argentina, que ele considera uma das favoritas ao título.
Técnico para sempre ligado ao futebol de resultados e ex-meia do Estudiantes tricampeão da Libertadores, Bilardo levou também uma seleção recheada de atletas lesionados à final em 1990. Prova do seu poder de espremer vitórias quando menos se espera. Uma das vítimas naquele ano foi o Brasil.
Com respostas sem floreios, no mesmo estilo de seus times, Bilardo não vê comparação entre Messi e Cristiano Ronaldo. Seu compatriota é melhor. E sua lista dos três maiores da história (Maradona, Pelé e Cruyff) só não aumenta para quatro porque falta a Lionel algo que ele pode conquistar em julho, em Moscou: o título mundial. Folha - O senhor acha que veremos algo novo taticamente no Mundial da Rússia?
Carlos Bilardo -
Estamos bem. A seleção é forte e pode ir além de 2014, quando poderíamos ter vencido. Na final, fomos melhores que a Alemanha. Depende de como vai chegar, do momento. Mas vejo a equipe com grandes possibilidades.