Coordenador LGBT do Rio é alvo de tiros
Bandidos perseguiram carro em que político estava com seu marido e atiraram 6 vezes
DO RIO
O coordenador da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, Nélio Georgini da Silva, foi alvo de um ataque a tiros no domingo (1º), na zona norte da capital fluminense.
Georgini teve o carro perseguido após deixar um restaurante onde estava com os pais e o marido. O ataque, segundo o coordenador, ocorreu por volta das 14h30 entre os bairros de Benfica e Rocha.
“Saímos do restaurante, deixamos meus pais em casa. De repente veio uma moto. A moto foi nos seguindo, do meu lado [do banco do carona], com a arma apontada, eu dando instruções porque meu marido não conhece a região”, disse Georgini à Folha antes de prestar depoimento à Polícia Civil.
“Aí viramos numa rua e ouvimos os tiros. Nenhum atingiu o carro, não sei o que atingiram. O barulho da moto, a arma em punho e o som do carro ficaram registrados na minha memória”, relatou.
Filiado ao PRB, mesmo partido do prefeito Marcelo Crivella, Georgini é evangélico da igreja presbiteriana, homossexual e militante na área de educação. Casado há oito anos com o bancário Ronie Adams, assumiu a coordenação da Diversidade Sexual do Rio em janeiro de 2017.
Georgini disse que nunca havia sofrido ameaça por causa de sua atuação na causa LGBT. “Sempre tive uma vida pacata. Sou um simples gestor da pasta [de diversidade sexual]. Talvez estivesse no lugar errado na hora errada.”
Ele ainda fez referência ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). “De fato estão matando todo mundo no Rio. As pessoas tentam fazer essa relação entre meu trabalho, [que é] averiguar mortes de travestis, e se expor [a risco de violência]. Mas isso é um dever do meu cargo”, afirmou em frente à delegacia.
“Não consigo acreditar que minha atuação profissional tenha algo a ver com o que aconteceu. Independentemente de ser evangélico, gay, não posso ter medo de sair da minha casa e ir até a dos meus pais”, completou Georgini.
Pelas redes sociais, ele criticou a intervenção federal na segurança pública do estado. “Seríamos outros para a estatística de uma cidade roubada, acabada, que vive da maquiagem de uma intervenção que até agora nem uma mosca prendeu! Não há um militar na zona norte!”, escreveu. DE SÃO PAULO - Um homem foi preso na noite de domingo (1º) após matar a companheira a facadas em Osasco, na Grande São Paulo.
Conforme o boletim de ocorrência, a filha da mulher de 47 anos recebeu fotos por WhatsApp do corpo da mãe, enviadas pelo assassino. Ela então acionou a polícia.
Preso, o homem, de 39 anos, assumiu o crime. Segundo a polícia, ele relatou que durante uma discussão a mulher teria “ofendido a sua honra” e que, por isso, ele a teria agredido com golpes de faca na barriga e no pescoço.