STF envia investigação sobre cúpula da CBF à Justiça Federal no Rio
brasília O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República e enviou nesta quinta (26) investigação sobre a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para a Justiça Federal no Rio de Janeiro.
O inquérito apura suspeitas de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica, entre outros, supostamente cometidos pelo presidente afastado da CBF, Marco Polo Del Nero, e os expresidentes Ricardo Teixeira e José Maria Marin.
Também são alvos Gustavo Dantas Feijó, Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa e Carlos Eugênio Lopes, ex-dirigentes da CBF, o empresário J. Hawilla e Kleber Fonseca de Souza Leite.
A investigação começou na Polícia Federal no Rio em abril de 2017 e subiu ao Supremo três meses depois devido a suspeitas de envolvimento do deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), que tem foro especial perante essa corte.
O inquérito no Rio foi aberto a partir do relatório alternativo da CPI do Futebol, de 2015, cujos autores foram os senadores Romário (Podemos-RJ) e Randolfe Rodrigues (RedeAP). Eles apontaram supostas irregularidades envolvendo a CBF e o Comitê Organizador Local da Copa 2014.
A procuradora-geral, Raquel Dodge, afirmou que não havia motivos para manter na corte as investigações sobre suspeitos que não têm foro especial. Somente a parte relativa ao deputado Marcus Vicente deve permanecer no STF. A reportagem não localizou os advogados dos suspeitos.