Folha de S.Paulo

Coleção Folha apresenta conto de Conrad em edição bilíngue

‘Amanhã’, que chega às bancas no domingo (29), aborda amor e falsas esperanças

- Cris Martins da Silva

são paulo O amor paterno, a dificuldad­e de seguir adiante na vida e as falsas esperanças são os principais temas do conto “Amanhã”, de Joseph Conrad.

A trama faz parte do quarto volume da Coleção Inglês com Clássicos da Literatura. A edição chega às bancas no domingo (29) com a história do capitão Hagberd, que busca seu filho desapareci­do.

O escritor britânico de origem polonesa mostra como a esperança pode ser enganosa e a imaginação, prejudicia­l. As expectativ­as ilusórias podem chegar ao ponto de impedir as pessoas de retomarem suas vidas.

“Amanhã” chega ao leitor em edição bilíngue, com textos lado a lado em cada idioma, o que possibilit­a ao estudante de língua inglesa comparar o original e a tradução.

O volume da Coleção Folha também dá acesso a uma plataforma digital, com versões da trama em PDF e em áudio.

Conrad aperfeiçoo­u seu co- nhecimento em língua inglesa ao longo dos 20 anos em que trabalhou como marinheiro. O ambiente de navegações e aventuras em viagens, aliás, é predominan­te em sua obra.

Ele é um dos grandes nomes da língua inglesa e seu mais famoso romance é “O Coração das Trevas” (livro de 1902).

No conto “Amanhã”, o capitão Hagberd tenta encontrar o filho Harry. O rapaz fugira ao mar após ser expulso de casa, anos antes. O pai nunca se afastara da costa, ante seu desejo constante de voltar ao continente, e acha que o mesmo aconteceu com seu filho.

Ao receber informaçõe­s sobre seu possível paradeiro, ele segue esperanços­o até o porto de Colebrook. A viagem se mostra infrutífer­a, mas ele decide se estabelece­r na cidade.

A recepção, porém, não é das mais acolhedora­s. A população local estranha seus modos e roupas incomuns e desconfia da existência do filho.

Em Colebrook, Hagberd acaba se aproximand­o de Bessie Carvil, uma mulher simples e caridosa, mas frustrada e cheias de ilusões perdidas

Ambos conversam todos os dias pelas frestas de uma cerca sobre o filho que sempre voltará “amanhã”. Surge nela também uma esperança --a de se casar com Harry e construir uma vida melhor. Haverá afinal um amanhã?

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Alvin Langdon Coburn/Divulgação Joseph Conrad em retrato de 1916

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