UE proíbe inseticidas após estudo revelar grave risco a abelhas
madri A União Europeia decidiu, nesta sexta (27), proibir o uso de três dos inseticidas mais comuns na agricultura: imidacloprid e clotianidina, da Bayer, e tiametoxam, da Syngenta. Os produtos já eram restritos desde 2013 em parte das colheitas europeias, mas o veto agora vale para qualquer uso externo.
Os inseticidas de tipo neonicotinoide só poderão ser utilizados dentro de estufas fechadas a partir do fim do ano.
Isso significa que importantes colheitas, como milho e algodão, terão de ser repensadas na União Europeia.
No Brasil, os neonicotinoides são permitidos, apesar das ressalvas de grupos ambientais, mas o uso por vias aéreas já foi restrito.
A decisão europeia se baseia em um estudo, encomendado pelo bloco, concluindo que tais inseticidas representam um grave risco para diferentes tipos de abelhas. A populações de abelhas, que têm um papel central na polinização de colheitas, contribuindo para 90% da produção mundial de alimento, tem caído progressivamente nos últimos anos.
A Bayer disse em nota que “é um dia triste para os fazendeiros e um mal negócio para a Europa”. Os fabricantes recorreram à Justiça quando o bloco impôs restrições em 2013.