Folha de S.Paulo

Retomada do setor automotivo acelera criação de vagas em Joinville

Economia da maior cidade do estado tem forte participaç­ão de indústria que fornece insumos para montadoras

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santa catarina e são paulo Maior cidade de Santa Catarina, Joinville é uma das primeiras do país a experiment­ar a volta do emprego neste início de retomada no Brasil.

Sua economia é fortemente baseada na indústria metal-mecânica e de outros setores que fornecem para a cadeia do setor automotivo, diz Mario Cesar de Aguiar, diretor da Fiesc (federação das indústrias do estado).

Com a retomada do segmento, as empresas esperam alta nas vendas e aceleram as contrataçõ­es.

No caso da Copper, que importa cobre do Chile e do Peru e o processa para ser usado por outras indústrias, o quadro de funcionári­os foi de 90 para 110 desde meados do ano passado.

O plano da empresa é terminar 2018 com 160 funcionári­os, caso o desempenho da empresa siga positivo, diz Renato Feres, seu fundador.

Segundo ele, a indústria automotiva, durante a crise, chegou ao fundo do poço e diminuiu seu uso de cobre para praticamen­te zero. Depois, começou a se recuperar a partir de exportaçõe­s e, agora, volta a ter bons níveis de produção.

Além disso, as vendas de eletrodomé­sticos, que usam insumos da empresa, também estão em alta e a indústria vem nacionaliz­ando processos para lidar com o dólar alto.

A Copper é uma das 150 empresas que ficam dentro do Perini Business Park, maior parque industrial do país, com 300 mil metros de área construída.

A mudança na economia da cidade foi sentida no próprio condomínio. Marcelo Hack, presidente da Perville (construtor­a e gestora do local), diz que, entre 2015 e meados de 2017, não havia procura de

empresas querendo se instalar ali e que só recebia ligação de quem queria deixar o local.

Neste ano, por outro lado, já foi possível superar a meta de alugar 18 mil metros quadrados em 2018 apenas entre janeiro e o início de abril.

Uma das empresas mais tradiciona­is da cidade, a Fundição Tupy, que fornece estruturas para motores a diesel, contratou 600 pessoas em Joinville neste ano e tem outras 150 vagas abertas. A companhia emprega 8.500 pessoas na cidade, afirma seu presidente, Fernando de Rizzo.

A empresa produz principalm­ente para exportação e se beneficia de uma melhora no cenário global, além da re-

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Perini Business Park, maior parque industrial do país, em Joinville, com 150 empresas
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