Suspeito é preso por furto após muro de vidro da USP ser quebrado pela 4ª vez
são paulo Um homem de 38 anos foi preso, na madrugada deste sábado (28), suspeito de ter furtado uma das colunas de alumínio da estrutura do muro de vidro da raia da USP. Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), ele foi visto carregando o objeto.
De acordo com os agentes, o homem havia acabado de quebrar dois vidros para retirar a coluna. Ele foi levado ao 91º DP do Butantã, onde foi registrado um boletim de ocorrência por furto qualificado.
Esta é a quarta vez que o muro amanhece danificado desde sua inauguração, no dia 4. A Polícia Civil irá investigar se o homem preso também foi responsável pelos danos causados em outras ocasiões.
A primeira vez foi no dia 18 e a segunda, dois dias depois. Na última terça-feira (24), a estrutura apareceu danificada pela terceira vez em menos de dez dias.
Na quarta (25), a GCM chegou a interditar uma das faixas rente à marginal Pinheiros, que margeia todo o muro, por quase 12 horas —das 22h até as 9h15 de quinta (26).
Os transtornos causados no trânsito naquela manhã fizeram a gestão Bruno Covas (PSDB) rever a tática para blindar a parte do muro já pronta de novos estragos.
Os guardas agora ficam de olho na estrutura das 22h às 5h, até a conclusão da obra, prevista para o fim deste mês. Um segurança da USP também passou a visitar constantemente o local, que no futuro será monitorado por câmeras.
Segundo a prefeitura, não haverá mais barricadas nem bloqueio de faixas na Marginal Pinheiros durante o dia, mas eventuais interdições podem ser feitas na madrugada.
Ainda não se sabe o que provocou a quebradeira nos últimos dez dias. Além de vandalismo, as especulações vão de pedras e tiros a trepidações provocadas pelos caminhões, que só trafegam de madrugada na marginal.
Dos 2,2 km do muro de alvenaria, cerca de 500 metros já foram substituídos por vidros. Ao fim do projeto, terão sido colocadas 1.222 placas, avaliadas em R$ 4.000.
O muro de vidro foi anunciado pelo então prefeito João Doria (PSDB) em julho do ano passado, para “integrar a Cidade Universitária à cidade”. Desde o início das obras, doadas por 45 empresas à USP ao custo de R$ 15 milhões, foram registradas quebradeiras em dez placas.
Ainda não está claro quem arcará com a manutenção ao fim da construção. Segundo a USP, essa parte do contrato ainda está em negociação — por enquanto, as trocas dos vidros são feitas pelas doadoras.