Pra lá das histórias

Campeã pelo quarto ano, rede quer vender mais do que livros

Entre o que mais foi comprado no site e em lojas paulistanas da Saraiva no último ano, aparecem livros como “Minutos de Sabedoria” e “O Poder da Ação”. Mas há também produtos que passam longe do universo literário: bichos de pelúcia (4º e 6º lugares), a geleca Amoeba (7º) e créditos para games online (9ª posição).

Essa é a nova cara da companhia, que aparece pelo quarto ano seguido na dianteira da pesquisa, com 47%. Nos últimos anos, ela tenta se consolidar como uma rede que oferece muito mais em suas prateleiras. “O livro foi, é, sempre será o nosso principal segmento”, diz o presidente da empresa, Jorge Saraiva Neto. “Mas temos investido em um espaço onde pessoas possam se divertir e passar o tempo com família e amigos.”

Nas mais de cem lojas (19 delas em São Paulo), pode-se comprar celulares, computadores, games e artigos de papelaria. Também participar de eventos —são realizados mais de 4.700 por ano. A variedade, porém, vem em tempos de crise. No terceiro trimestre de 2017, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 33,4 milhões. No quarto, houve melhora, mas ainda com prejuízo: R$ 2,2 milhões. ⋆

O desafio é estimular o hábito de leitura, em especial em crianças e jovens, com um conjunto de iniciativas que os atraia e incentive o interesse nos livros

JORGE SARAIVA NETO presidente da Saraiva