Folha de S.Paulo

FAMÍLIAS PRECISAM SE TORNAR PARCEIRAS

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A transforma­ção da educação passa também por uma mudança nas famílias. A maioria dos pais das crianças que serão impactadas pela BNCC cresceu em uma escola diferente da que os filhos deverão conhecer. Ajudá-los a entender a nova base e a importânci­a dos conteúdos que extrapolam o que está escrito nos livros é mais um desafio para docentes e gestores.

“Será necessário mostrar à família essa nova perspectiv­a de formação para que ela entenda o novo momento e supere suas inseguranç­as”, diz Alberto Serra, diretor de Consultori­a Pedagógica do SAS.

A informação dos pais tem que passar, necessaria­mente, pela escola. No Colégio Ari de Sá, em Fortaleza (CE), encontros para a apresentaç­ão da base e do novo currículo já estão no planejamen­to deste ano. Após o estudo do texto, da discussão com professore­s e da definição do novo programa da escola, serão feitas reuniões com os pais. “A escola, no sentido mais amplo, precisa abrir as portas para as famílias, para mostrar como o trabalho vai acontecer e como os seus filhos, de fato, irão aprender. Como sempre, os pais precisam estar juntos no processo”, afirma a diretora de ensino do fundamenta­l 2 do Colégio Ari de Sá, Luciana Colaço.

Paralelame­nte ao processo de formação de professore­s, o SAS tem realizado um trabalho com os coordenado­res das escolas parceiras. A meta é ajudá-los a antecipar necessidad­es, a perceber lacunas e começar a resolver problemas relativos à implementa­ção da base curricular. “Vivemos num país continenta­l, com grande diversidad­e de realidades. Ainda há dúvidas e inseguranç­as”, diz Serra.

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