Ensino superior se volta para as habilidades emocionais
Novo modelo da São Judas procura se alinhar ao mercado
AUniversidade São Judas está apostando em um novo modelo de ensino superior, com atualizações curriculares e metodológicas e investimentos em tecnologia e na estrutura de suas unidades. Chamado de “ecossistema de aprendizagem”, o conceito está ancorado em dois pilares: o desenvolvimento do aluno para além da parte técnica, levando em consideração também suas habilidades socioemocionais; e o entendimento de que o ambiente de ensino vai além da sala de aula e inclui atividades práticas presenciais e virtuais.
“Nossa grande aposta é no projeto de vida do aluno. Queremos oferecer condições e infraestrutura para que ele consiga desenvolver o seu projeto, com o professor no papel de mediador e a universidade como uma grande plataforma”, diz Edson Martins Júnior, diretor acadêmico da área de humanidades, educação e economia criativa do grupo Ânima, do qual a São Judas faz parte. Segundo ele, o processo de mudança, intensificado desde o ano passado, foi uma demanda identificada entre os alunos e no mercado de trabalho.
Uma das principais novidades é a inclusão do laboratório de aprendizagem integrada, o LAI, na grade de todos os cursos de graduação, independentemente da área de conhecimento.
Obrigatória no primeiro semestre, a disciplina foi pensada para ajudar o aluno a identificar as competências socioemocionais que precisa aprimorar para atingir seus objetivos pessoais e profissionais. “Colocamos o LAI no primeiro ano porque, se o aluno não tiver isso bem delineado no
O que os alunos e o mercado mais querem é uma educação com significado para a pessoa, a sociedade e o trabalho Edson Martins Júnior diretor acadêmico de humanidades do grupo Ânima
começo, ele não vai identificar e aproveitar as oportunidades que a universidade oferece”, explica Martins Jr.
Chamadas de “soft skills” entre recrutadores corporativos, as habilidades socioemocionais são, por exemplo, a criatividade, a empatia, a iniciativa para trabalhar em grupo e a capacidade para resolverconflitoseparaestabelecer boas formas de comunicação e interação. No segundo semestre, o projeto interdisciplinar (PI) propõe atividades práticas em grupo para que os alunos exercitem a solução de problemas aplicando o conteúdo de várias aulas.
Nesse modelo da São Judas, o ambiente virtual ganha mais relevância, mesmo nos cursos presenciais, enquanto a estrutura física vem sendo remodelada, com mobiliário flexível para atividades coletivas e laboratórios abertos para todos os alunos.
“Percebemos que aquilo que os alunos e o mercado mais querem é uma educação com significado para a pessoa, para a sociedade e para o ambiente de trabalho”, diz Martins Jr.