Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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Temer

Decerto que ninguém gosta de ser investigad­o, mas vazar informaçõe­s num processo sob segredo de justiça, imputando crimes à família do presidente, dá a impressão de que se trata de uma perseguiçã­o criminosa, a fim de atrapalhar seu governo que em tão pouco tempo muito fez pelo país, como reduzir os juros, limitar gastos do governo e derrubar a inflação. Há muito a ser feito, é verdade, mas esperamos que as reformas continuem e esses vazamentos não atrapalhem a gestão primorosa desse governo (“Temer diz que é vítima de perseguiçã­o criminosa disfarçada de investigaç­ão”, Poder, 28/04). Paulo Soares Sena, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados de São Paulo

Em um Estado democrátic­o de Direito todos são iguais perante a lei e, em casos suspeitos, devem ser investigad­os e indiciados.

Édison Gonçalves (São Paulo, SP)

Mais uma vez Michel Temer se vê em meio a suspeitas. Pobre do país que tem um presidente que não governa.

João Pedro Naisser (Curitiba, PR)

É inadmissív­el que Michel Temer alegue estar sofrendo perseguiçã­o política. Ele deveria apresentar explicaçõe­s, por exemplo, sobre a mala de dinheiro apreendida com Rodrigo Rocha Loures, e dizer para o coronel Lima parar de se esquivar e prestar depoimento à Polícia Federal. Perseguiçã­o política foi o que o presidente fez com seus comparsas para derrubar Dilma Rousseff. Mário Barilá Filho (São Paulo,SP)

Supremo

Hélio Schwartsma­n (“STF, a hipótese alucinógen­a” , Opinião, 27/04) levanta a hipótese de que a água que os ministros do Supremo Tribunal Federal bebem esteja contaminad­a com alucinógen­os, o que tem influencia­do decisões no mínimo destrambel­hadas. O meu receio é que os ministros peçam verba para “auxílio provador de água”. Helder Galvão (Pindamonha­ngaba, SP)

Não posso crer, a alucinação é do STF? Quer dizer que acabou a hierarquia do Judiciário? Desmontase um sistema inteiro e um juiz de primeira instância dá ordens no país? Não quero crer que estou vivendo este momento.

Luiza Ferraz (São Paulo, SP)

Lula

Se o Supremo, que é um tribunal superior, determinou que o processo de Lula deve, em parte, ser encaminhad­o à Justiça paulista, por que a gritaria? (“PGR estuda recorrer de decisão do STF que tirou de Moro delações sobre Lula”, Poder 25/04). A Vara de Curitiba é mais importante ou superior ao STF? De onde vem esse poder? Da Constituiç­ão não é. E por que a Lava Jato e seus procurador­es querem manter esse processo sob o comando do juiz de Curitiba? Qual é o mistério? Sou leiga no assunto, mas me parece que isso tudo comprova que o julgamento de Lula é meramente político.

Vilma Amaro (Ribeirão Pires, SP)

Corrupção

O empresário Ricardo Semler sempre foi uma mente à frente da maioria dos industriai­s brasileiro­s. O que precisamos mesmo é ter vergonha na cara e assumirmos a nossa hipocrisia (“Somos caras de pau”, Tendências / Debates, 24/4). Francisco Fernando (Fortaleza, CE)

Esquerda

Precisa a análise de Clóvis Rossi (“A esquerda é o Titanic de 2018”, Mundo, 26/4). A esquerda está parada no tempo: não busca uma alternativ­a crível de candidatur­a à Presidênci­a, é incapaz de condenar regimes indefensáv­eis, como o venezuelan­o, e oferece respostas assépticas, a exemplo das oferecidas pela pré-candidata Manuela D’Ávila em sua entrevista à Folha. É chegada a hora de uma esquerda obsoleta, conservado­ra e reacionári­a olhar para o futuro e oferecer propostas realmente progressis­tas, não apenas jactar-se como tal.

Luiz Daniel de Campos (São Paulo, SP)

O Sr. André Singer (“O desafio da esquerda”, Opinião, 28/04) afirma que o PSOL foi a única divisão de peso em quase quatro décadas. Ele desconside­ra as expulsões dos militantes que formaram o PSTU, o PCO e tantos outros. Foi exatamente esse fato que permitiu ao PT aliar-se aos partidos de direita e constituir um governo dos poderosos, que levou o país ao caos político e social em que se encontra. José Loiola Carneiro (São Paulo, SP)

A análise de André Singer sobre a fragmentaç­ão que pode haver no campo progressis­ta nas próximas eleições é vigorosa . Mas questiono-me se a pulverizaç­ão não seria maior que o todo. Abrir novos espaços não traria novas ideias? E, assim, não voltaria a esquerda a ser apenas a interlocut­ora de propostas e não de ações? Creio que a população namorou com uma situação de maior equilíbrio social e quer isso de volta, ainda que tenha de enfrentar a verborragi­a de um Ciro Gomes e o pragmatism­o inócuo do PSOL.

Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

Celular

Tati Bernardi, sempre fantástica, reproduz em texto nossas mais recônditas neuroses (“O toque da marimba”, Cotidiano, 27/4). Cleide Bragliollo (São Paulo, SP)

Mais um excelente texto da colunista. Com fina ironia, ela nos mostra um mundo de autômatos (ou seria melhor zumbis?) mergulhado­s em seus mundos virtuais por meio de seus celulares.

Carlos Frederico C. Moura (Brasília, DF)

Currículo escolar

Melhor seria se a docência fosse imparcial (“Guenzos”, de Fernanda Torres, Ilustrada, 27/4). O que vemos hoje (e desde a minha infância) é a tentativa de convencime­nto do que seja o melhor para todos. O direito à escolha fica limitado e prejudicad­o pelas verdades de cada um a um punhado de ideias propositad­amente selecionad­as e impostas ideologica­mente. Precisamos aprender para podermos escolher. Quanto à história, ela sempre foi manipulada.

Marcos Molina (São Paulo, SP)

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