Casa de ex-diretora do Ilume é alvo de busca e apreensão
Denise Abreu foi exonerada após gravações colocarem sob suspeita PPP da luz
são paulo A casa de Denise Abreu, ex-diretora do Ilume (departamento de iluminação pública do município de São Paulo), e as instalações do Ilume foram alvo de busca e apreensão nesta quartafeira (2). A operação foi feita em conjunto entre a Polícia Civil e a Promotoria do Estado de São Paulo.
A ação ocorre na esteira do escândalo que estourou em março, quando vieram a público gravações em que Denise Abreu demonstrava preferência por um dos consórcios na disputa pelo contrato da maior PPP (Parceria Público-Privada) de iluminação do mundo.
O contrato é de R$ 7 bilhões, com validade de 20 anos.
As buscas desta quarta foram realizadas pelos promotores Letícia Ravacci, Neudival Mascarenhas e José Car- los Blat, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Patrimônio Público e Social da Capital.
“Os promotores investigam pagamento de vantagens indevidas a ex-funcionários do Ilume e já recomendaram a suspensão e posterior rescisão do contrato subscrito recentemente entre a administração municipal de São Paulo e o consórcio FM Rodrigues, vencedor da licitação da PPP (Parceria Público-Privada) da iluminação pública”, informa o comunicado do Ministério Público de São Paulo.
Procurado, o advogado de Denise Abreu, Roberto Podval, não quis comentar o assunto.
Em nota, a prefeitura afirmou que a Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, que atualmente abrange o Ilume, “está colaborando com as apurações do Ministério Público e também as da Controladoria do Município”.
Gravações deflagraram disputa na Justiça contra a PPP