Justiça bloqueia bens de chefe de gabinete de Covas
são paulo A juíza Simone Gomes Casoretti, de São Paulo, determinou a indisponibilidade dos bens do chefe de gabinete do prefeito Bruno Covas (PSDB), Sergio Avelleda, edas11empresasqueformavam o consórcio que construiu a linha 5-lilás do Metrô. Avelleda foi secretário de Transportes de João Doria (PSDB) e presidiu o Metrô de 2011 a 2012.
Casoretti já havia condenado Avelleda e as empresas Odebrecht, Andrade Gutier- rez, Galvão Engenharia, Mendes Júnior e OAS, entre outras por improbidade administrativa por fraude no processo da licitação da linha.
Eles também terão que pagar multa de R$ 326 milhões, corrigidos desde 2011.
O promotor Marcelo Milani, do Ministério Público do Estado de São Paulo, fez o pedido de averbação de pendência nas matrículas dos imóveis registrados em nome de todos os réus no dia 20 de abril.
“Os valores corrigidos da multa aplicada em 2011 che- gam a cerca de R$ 800 milhões em 2018. É necessário o bloqueio dos bens para garantir o pagamento”, explicou. O valor já exclui o acordo feito pela Camargo Corrêa.
No despacho, a juíza também indeferiu os embargos feitos pelas defesas dos réus.
Avelleda disse que não vai se manifestar. As empresas não responderam à reportagem até a conclusão desta edição.
Na época da condenação, a Mendes Júnior afirmou que “não houve conluio ou cartel entre os licitantes, não haven- do que se falar em ato de improbidade administrativa.”
Também à época, a Galvão Engenharia defendeu “a ausência de qualquer vício no procedimento licitatório e não configuração de ato de improbidade administrativa”.
A Andrade Gutierrez disse que apresentou contestação e “alega a improcedência, pois participou de uma concorrência realizada segundo as previsões legais e sagrou-se vencedora porque apresentou a melhor proposta”. A OAS não se manifestou.