Elite vê domínio espanhol e Brasil constante
Desde 2002, jogadores da seleção europeia são maioria entre os que disputam final da Liga dos Campeões em anos de Copa
são paulo Encontro da elite do futebol mundial, a final da Liga dos Campeões, no próximo dia 26, em Kiev, deverá ter 26 jogadores que disputarão a Copa do Mundo na Rússia.
A decisão entre Real Madrid e Liverpool, que nesta quartafeira (2) se classificou mesmo com a derrota por 4 a 2 para a Roma, mantém uma constante em relação à nacionalidade dos jogadores que chegam ao topo do torneio de clubes em ano de Mundial.
Há uma supremacia espanhola de atletas no jogo que define o vencedor da Liga dos Campeões. Neste século, em quatro das cinco edições do torneio europeu em anos de Copa do Mundo, o país foi o que mais teve atletas da sua seleção na disputa.
O desempenho de Real Madrid e Barcelona influenciam o domínio ibérico. O Real ganhou as edições de 2014, 2016 e 2017, enquanto o time catalão faturou a taça em 2015.
Dos sete atletas da seleção espanhola que almejam o título europeu neste ano, seis atuam pelo Real: Carvajal, Sergio Ramos, Nacho, Isco, Lucas Vázquez e Marco Asensio. No Liverpool há Alberto Moreno.
Quatro ingleses que deverão jogaraCopaatuarãonadecisão em Kiev —todos do Liverpool.
Dos 34 inscritos pelo Real nesta Liga dos Campeões, 15 atletas de diferentes nacionalidades devem jogar a Copa. Já do Liverpool, nove atletas certamente estarão na Rússia.
Tendência, a superioridade no número de jogadores espanhóis na final da Liga dos Campeões em ano de Copa do Mundo foi quebrada na edição de 2010, entre Inter de Milão e Bayern de Munique. Na oportunidade, a Espanha nem sequer teve atleta na final.
A seleção espanhola conquistou a Copa pela primeira vez justamente naquele ano.
Eliminada pelos espanhóis na semi, a Alemanha teve sete atletas na final de 2010, o maior número daquela edição.
Em 2014, a Europa assistiu aos espanhóis Real Madrid e Atlético de Madri decidirem a Liga dos Campeões. No total, sete jogadores da seleção do país no Mundial estiveram na finalíssima. O país foi eliminado ainda na primeira fase do torneio naquele ano. Foi a pior campanha de uma seleção que defendia o título na história dos Mundiais.
Cristiano Ronaldo, principal jogador do título do Real Madrid em 2014, também sucumbiu juntamente com a se- leção de Portugal, desclassificada na primeira fase.
Na época, o craque português atuou pelo time espanhol até o dia 24 de maio. Cinco dias depois, se apresentou à seleção portuguesa desgastado com uma lesão na coxa esquerda e dores no joelho.
O desgaste dos atletas que eventualmente chegassem à final da Liga dos Campeões era uma preocupação do técnico da seleção brasileira, Tite.
“Eu gostaria que no dia 17 de maio, final dos campeonatos europeus, todos estivessem decididos antecipadamente e que não chegasse nenhum brasileiro na final da Champions também”, disse.
Com Real e Liverpool na final deste ano, o treinador terá três baixas no início da preparação, que começa dia 21 de maio na Granja Comary: Marcelo, Casemiro e Firmino.
Eles se apresentarão após o dia 29 de maio em Londres, quando o grupo inicia a segunda etapa da preparação.
O número de jogadores que ficarão fora da primeira etapa de treinamentos poderia ser maior, caso Paris SaintGermain e Manchester City tivessem chegado à final da Liga dos Campeões.
O time francês conta com Daniel Alves, Miranda, Thiago Silva e Neymar. Já o clube inglês tem Ederson, Fernandinho e Gabriel Jesus. Danilo, que também pertence ao clube inglês, briga por vaga com o corintiano Fagner.
A estreia do Brasil será contra a Suíça, dia 17, em Rostov.
ROMA 4 LIVERPOOL 2
Depois de vencer o primeiro jogo por 5 a 2, o Liverpool sofreu poucos riscos em Roma, apesar do placar ter finalizado em 4 a 2 para os italianos.
O clube não chegava a uma decisão de Liga dos Campeões desde a temporada 20062007, quando perdeu na final para o Milan por 2 a 1. A última equipe inglesa a decidir o torneio havia sido o Chelsea, em 2012, que foi campeão.
Ainda nos primeiros minutos de jogo, Mané abriu o placar a favor do Liverpool.
O empate da Roma veio em lance bizarro. Lovren tentou afastar com um chutão, mas acertou a cara do companheiro Milner, que desviou para o fundo do gol. Porém, ainda na etapa inicial, Wijnaldum marcou o segundo dos ingleses.
Dzeko descontou no início do segundo tempo e Nainggolan marcou dois gols no fim do jogo. O último, contudo, já nos últimos segundos de jogo, de pênalti.