Museu da língua terá chuveiros anti-incêndio
são paulo - Com reabertura prevista para o segundo semestre de 2019, o Museu da Língua Portuguesa terá um sistema de chuveiros automáticos para reforçar o aparato de segurança contra incêndio.
Patrimônio histórico na região central de São Paulo, o complexo da estação da Luz —que engloba a estação homônima de transporte e o museu— foi parcialmente consumido por um incêndio no dia 21 de dezembro de 2015.
Na ocasião, um bombeiro morreu após parada cardiorrespiratória devido à fumaça.
Não foi a primeira vez. Quase 70 anos antes, em 1946, a estação já havia sido destruída pelas chamas.
Os chuveiros automáticos são chamados de sprinklers. Instalados no teto dos pavimentos, possuem sensores que detectam o aumento da temperatura ambiente. Quando acionados, emitem jatos de água em todas as direções.
De acordo com Larissa Graça, gerente de projetos de arquitetura do museu, os sprinklers não estão entre os itens exigidos pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo, mas serão adotados para reforçar a segurança do local.
Entre as medidas obrigatórias (que serão cumpridas, afirma a gerente), estão a fixação de extintores, a sinalização de emergência e a adequação de rotas de fuga.
As obras de reforma do museu foram divididas em três etapas. A primeira foi a recomposição das fachadas e das esquadrias, finalizada em outubro do ano passado.
Em andamento neste momento, a segunda fase se volta à reconstrução da parte da cobertura que foi destruída pelo incêndio de 2015 e à restauração da ala do teto que não foi afetada àquela altura.
Assim como ocorre na fachada, a face externa da cobertura manterá o estilo original do prédio, erguido entre 1888 e 1901. No lado interno, contudo, a intervenção vai seguir traços contemporâneos, o que implica uma arquitetura de maior leveza.
Essa segunda etapa deve ser concluída no final de julho.
Larissa Graça prevê o início da terceira e última fase para o período entre agosto de setembro deste ano. Essas obras finais serão destinadas à reconstrução dos pavimentos internos, o que inclui o detalhamento da museografia.
O projeto de arquitetura da reconstrução fica a cargo de Pedro Mendes da Rocha, responsável pela concepção original do museu.
A reconstrução está orçada em R$ 65 milhões, dos quais R$ 34 milhões vieram do seguro. O restante do dinheiro foi destinado às obras por agentes da iniciativa privada, como o Grupo Globo, o Itaú e a EDP, empresa portuguesa do setor de energia.
Em quase uma década de funcionamento, o museu recebeu 3,9 milhões de visitantes.
Local dará mais atenção a outros países lusófonos
Entre as novidades da reabertura do museu em 2019, estará ao menos um espaço dedicado aos outros países que têm o português como língua oficial —são nove ao todo, incluindo o Brasil.
A versão anterior do museu contemplava essas regiões, mas lhes dava pouca visibilidade, de acordo com Deca Farroco, gerente de projetos da Fundação Roberto Marinho —o museu foi criado pela fundação em parceria com o governo estadual.
Segundo Deca, outras novidades devem ser definidas em cerca de seis meses, quando estará pronto o que ela chama de “roteiro final”.
Já está certa, porém, a manutenção de instalações audiovisuais como a Praça da Língua, com projeções de trechos Símbolo criado por Art Paul